CONJUNTO DE JORGE MACHADO, por João Carlos Callixto
27 Jun 1959 - "Never"
Na década de 1950, muitos foram os conjuntos de música ligeira a formarem-se, abarcando géneros do jazz ao folclore, e com alguns deles a atingirem uma popularidade fora do comum. O líder do conjunto em destaque neste “Gramofone”, o contrabaixista e depois pianista Jorge Machado, tinha integrado numa primeira fase a Orquestra Stardust e, em 1952, foi membro fundador do Conjunto de Mário Simões. Com esta formação grava vários discos entre 1953 e 1954, incluindo alguns em que acompanham Amália Rodrigues - como “Sempre e Sempre Amor”, “Minha Canção É Saudade” ou “Alamares”, onde pela primeira vez a cantora interpreta textos de David Mourão-Ferreira.
A partir de 1956, agora com o seu próprio conjunto, Jorge Machado faz parte da leva de músicos portugueses a introduzir os novos ritmos do rock’n’roll de forma séria no seu reportório. O primeiro contrato discográfico assinado pelo conjunto será com a etiqueta Estoril, de Manuel Simões, e aí são gravadas em 1957 oito canções editadas em disco de 78 rotações, em EP e em LP – entre elas, “Rock'n'Roll Rag”, popularizado no anterior por uma das encarnações do popular grupo americano Ink Spots. Os músicos fundadores do Conjunto de Jorge Machado foram Fernando Pinto (guitarra), Alírio Covas (contrabaixo), José Medina (bateria), para além do próprio Jorge Machado, no piano, e do vocalista Tino (ausente nestas imagens).
Mudando-se para a etiqueta Alvorada, da editora portuense Rádio Triunfo, o Conjunto de Jorge Machado regista logo em 1958 um conjunto de três EPs. No primeiro, juntam-se à canção italiana “Scapricciatiello” duas outras da autoria de Carlos Rocha (“Fado das Queixas” e “Sempre Que Lisboa Canta”) e ainda a tradicional “Os Olhos da Marianita”. No registo seguinte, surge pela primeira vez uma composição original de um dos membros do grupo – “O Amor É Lindo”, do contrabaixista Alírio Covas. Já no terceiro EP, em que duas das faixas são cantadas por Maria Isabel Wolmar, o Conjunto de Jorge Machado, para além de acompanhar a também locutora da RTP, interpreta as tradicionais “O Mar Enrola na Areia” e “O Arroz Está Cru”. É no ano seguinte que surgem precisamente neste momento captado pela televisão, com esta composição da qual não foi possível apurar a autoria e em várias outras em que acompanham a cantora Maria Marize. Essa era aliás uma das principais vertentes do conjunto, surgindo assim ao lado de cantores tão populares como António Calvário, Os Conchas, Simone de Oliveira ou Paula Ribas.
A abrir a nova década, surge no mercado um EP composto inteiramente por originais, sendo três deles da autoria do próprio grupo: “Lembra-te Sempre de Mim” (música do guitarrista Fernando Pinto, letra de Henrique Albuquerque), “Maria Só” (música do baterista José Medina, letra de Artur Ribeiro) e “Fado dos Arraiais” (música de Alírio Covas, letra de Manuel Viegas). Com o título “O Fado Também Se Dança”, a faixa de abertura do disco era “Lisboa Menina Bonita”, que nesse mesmo ano de 1960 seria também gravado por Celeste Rodrigues e pelo argentino Adolfo Waitzman e a Sua Orquestra Portuguesa de Dança.
Contratado para uma temporada na África do Sul, o Conjunto de Jorge Machado regista aí um par de álbuns em meados da década de 1960. Em paralelo, já o titular era contratado cada vez mais para dirigir formações orquestrais em disco, tornando-se um dos mais requisitados maestros dos anos 60 a 80, com inúmeras presenças no Festival RTP da Canção e chegando a gravar peças de música erudita.
A partir de 1956, agora com o seu próprio conjunto, Jorge Machado faz parte da leva de músicos portugueses a introduzir os novos ritmos do rock’n’roll de forma séria no seu reportório. O primeiro contrato discográfico assinado pelo conjunto será com a etiqueta Estoril, de Manuel Simões, e aí são gravadas em 1957 oito canções editadas em disco de 78 rotações, em EP e em LP – entre elas, “Rock'n'Roll Rag”, popularizado no anterior por uma das encarnações do popular grupo americano Ink Spots. Os músicos fundadores do Conjunto de Jorge Machado foram Fernando Pinto (guitarra), Alírio Covas (contrabaixo), José Medina (bateria), para além do próprio Jorge Machado, no piano, e do vocalista Tino (ausente nestas imagens).
Mudando-se para a etiqueta Alvorada, da editora portuense Rádio Triunfo, o Conjunto de Jorge Machado regista logo em 1958 um conjunto de três EPs. No primeiro, juntam-se à canção italiana “Scapricciatiello” duas outras da autoria de Carlos Rocha (“Fado das Queixas” e “Sempre Que Lisboa Canta”) e ainda a tradicional “Os Olhos da Marianita”. No registo seguinte, surge pela primeira vez uma composição original de um dos membros do grupo – “O Amor É Lindo”, do contrabaixista Alírio Covas. Já no terceiro EP, em que duas das faixas são cantadas por Maria Isabel Wolmar, o Conjunto de Jorge Machado, para além de acompanhar a também locutora da RTP, interpreta as tradicionais “O Mar Enrola na Areia” e “O Arroz Está Cru”. É no ano seguinte que surgem precisamente neste momento captado pela televisão, com esta composição da qual não foi possível apurar a autoria e em várias outras em que acompanham a cantora Maria Marize. Essa era aliás uma das principais vertentes do conjunto, surgindo assim ao lado de cantores tão populares como António Calvário, Os Conchas, Simone de Oliveira ou Paula Ribas.
A abrir a nova década, surge no mercado um EP composto inteiramente por originais, sendo três deles da autoria do próprio grupo: “Lembra-te Sempre de Mim” (música do guitarrista Fernando Pinto, letra de Henrique Albuquerque), “Maria Só” (música do baterista José Medina, letra de Artur Ribeiro) e “Fado dos Arraiais” (música de Alírio Covas, letra de Manuel Viegas). Com o título “O Fado Também Se Dança”, a faixa de abertura do disco era “Lisboa Menina Bonita”, que nesse mesmo ano de 1960 seria também gravado por Celeste Rodrigues e pelo argentino Adolfo Waitzman e a Sua Orquestra Portuguesa de Dança.
Contratado para uma temporada na África do Sul, o Conjunto de Jorge Machado regista aí um par de álbuns em meados da década de 1960. Em paralelo, já o titular era contratado cada vez mais para dirigir formações orquestrais em disco, tornando-se um dos mais requisitados maestros dos anos 60 a 80, com inúmeras presenças no Festival RTP da Canção e chegando a gravar peças de música erudita.