CONCHA por João Carlos Callixto
25 Mar 1979 - "Qualquer Dia, Quem Diria"
Neste “Gramofone” temos mais uma vez uma daquelas estrelas fugazes que passou pela nossa Música mas que deixou boas memórias. Estávamos no final da década de 1970, cinco anos depois da Revolução de Abril e uma jovem de 22 anos chamada Maria da Conceição concorre ao Festival RTP da Canção com “Qualquer Dia, Quem Diria”. O nome artístico com que se tornou conhecida é Concha e António Avelar de Pinho e Nuno Rodrigues (a dupla de autores por trás da canção) dava então cartas bem fortes na Música Portuguesa, quer como produtores quer como as duas metades autorais da Banda do Casaco. Ao lado de Gabriela Schaaf, Concha é a aposta da dupla para esse Festival, mas ficam respectivamente em 2.º e 6.º lugar na final. Nas semifinais, Concha tinha ficado em 2.º lugar ex-aequo com Gonzaga Coutinho. A vitória, como sabemos, coube a Manuela Bravo e a “Sobe, Sobe, Balão Sobe”, de Nóbrega e Sousa.
Com contrato discográfico assinado com a Valentim de Carvalho, o primeiro single de Concha seria precisamente com esta canção de que a RTP lhe produz o videoclip. Na orquestração estava o saxofonista espanhol Javier Iturralde, um dos mais requisitados da altura, e o lado B do single tinha precisamente a versão instrumental da canção. O segundo single, publicado no Verão de 1979, continuava a linha de uma pop desempoeirada, quer ao nível musical quer lírico, e trouxe nova canção de sucesso: “Mais, É Demais!”. Desta vez, os arranjos couberam a Shegundo Galarza, também espanhol mas há muito radicado em Portugal. No lado B, encontramos a canção “Bilhete de Gare”, com assinatura de Fernando Guerra.
Sem nunca gravar um álbum, Concha chegaria no Verão de 1980 ao seu terceiro e último single, de novo com dois originais de Pinho e Rodrigues: "Bombom" e "Dr. Frankenstein", que renovaram a parceria também com Shegundo Galarza. No entanto, em 1984 encontramo-la integrada na formação que grava o último álbum da Banda do Casaco, “Banda do Casaco com Ti Chitas”, em que a voz telúrica de Catarina Chitas tem assim o seu contraponto urbano em Concha – como em “Dono da Noite”, a canção mais ouvida desse disco. Após uma participação no álbum “So Down Train”, da Go Graal Blues Band, em 1987, Concha afasta-se dos holofotes e só já neste século XXI a voltamos a encontrar como convidada numa série de livros-disco para crianças com música de Gonçalo Pratas.
Com contrato discográfico assinado com a Valentim de Carvalho, o primeiro single de Concha seria precisamente com esta canção de que a RTP lhe produz o videoclip. Na orquestração estava o saxofonista espanhol Javier Iturralde, um dos mais requisitados da altura, e o lado B do single tinha precisamente a versão instrumental da canção. O segundo single, publicado no Verão de 1979, continuava a linha de uma pop desempoeirada, quer ao nível musical quer lírico, e trouxe nova canção de sucesso: “Mais, É Demais!”. Desta vez, os arranjos couberam a Shegundo Galarza, também espanhol mas há muito radicado em Portugal. No lado B, encontramos a canção “Bilhete de Gare”, com assinatura de Fernando Guerra.
Sem nunca gravar um álbum, Concha chegaria no Verão de 1980 ao seu terceiro e último single, de novo com dois originais de Pinho e Rodrigues: "Bombom" e "Dr. Frankenstein", que renovaram a parceria também com Shegundo Galarza. No entanto, em 1984 encontramo-la integrada na formação que grava o último álbum da Banda do Casaco, “Banda do Casaco com Ti Chitas”, em que a voz telúrica de Catarina Chitas tem assim o seu contraponto urbano em Concha – como em “Dono da Noite”, a canção mais ouvida desse disco. Após uma participação no álbum “So Down Train”, da Go Graal Blues Band, em 1987, Concha afasta-se dos holofotes e só já neste século XXI a voltamos a encontrar como convidada numa série de livros-disco para crianças com música de Gonçalo Pratas.