CARLOS DO CARMO por João Carlos Callixto
1972 - Programa Convívio Musical, “Eleanor Rigby”
Carlos do Carmo é um dos nomes mais importantes da Música Portuguesa e está em destaque no “Gramofone” de hoje. Filho da fadista Lucília do Carmo, começou a sua carreira no início da década de 1960. Em 1962, surge ao lado do Quarteto de Mário Simões, num EP intitulado precisamente “Mário Simões e o Seu Quarteto Apresentando Carlos do Carmo”, em que canta o fado “Loucura”, da autoria de Júlio de Sousa, e que já fazia parte do reportório da sua mãe.
Ao longo da década de 60, o cantor vai-se afirmando progressivamente no panorama artístico nacional, sendo que sempre conciliou os fados tradicionais com o reportório de autores que escreveram propositadamente para a sua voz, de dentro ou de fora do fado, como foi o caso de Fernando Tordo ou de Paulo de Carvalho.
José Carlos Ary dos Santos, um dos mais aclamados poetas da nossa música, cedo também contemplou Carlos do Carmo com a sua inspiração, sendo, entre finais da década de 1970 e inícios da de 1980, o autor da totalidade dos textos de dois álbuns icónicos: “Um Homem na Cidade” e “Um Homem no País” (com excepção apenas de “Fado Ultramar”, que fecha este último disco).
Em 1972, ano a que viajamos neste “Gramofone”, encontramos Carlos do Carmo a apresentar na RTP o programa “Convívio Musical”. Aí mostrou tanto artistas nacionais como estrangeiros, sendo que hoje recordamos um dos momentos em que era do próprio cantor a voz em destaque.
Antes de apresentar a sua versão de “Eleanor Rigby”, Carlos do Carmo deixa bem clara a sua paixão pela obra dos Beatles, grupo de quem tinha gravado em disco pouco antes a canção “Something”. Mas também o belga Jacques Brel ou os portugueses José Afonso ou Manuel Freire conheceram versões de canções suas na voz do nosso cantor de hoje.
Já depois do 25 de Abril, em 1976, Carlos do Carmo é o intérprete único convidado pela RTP para o Festival da Canção desse ano. Com "Uma Flor de Verde Pinho" - letra de Manuel Alegre e música de José Niza – leva assim o nosso fado à Eurovisão. Fica em 12º lugar, mas a definitiva consagração internacional chegaria mais recentemente, em 2014, com a atribuição de um Grammy Latino de Carreira.
Ao longo da década de 60, o cantor vai-se afirmando progressivamente no panorama artístico nacional, sendo que sempre conciliou os fados tradicionais com o reportório de autores que escreveram propositadamente para a sua voz, de dentro ou de fora do fado, como foi o caso de Fernando Tordo ou de Paulo de Carvalho.
José Carlos Ary dos Santos, um dos mais aclamados poetas da nossa música, cedo também contemplou Carlos do Carmo com a sua inspiração, sendo, entre finais da década de 1970 e inícios da de 1980, o autor da totalidade dos textos de dois álbuns icónicos: “Um Homem na Cidade” e “Um Homem no País” (com excepção apenas de “Fado Ultramar”, que fecha este último disco).
Em 1972, ano a que viajamos neste “Gramofone”, encontramos Carlos do Carmo a apresentar na RTP o programa “Convívio Musical”. Aí mostrou tanto artistas nacionais como estrangeiros, sendo que hoje recordamos um dos momentos em que era do próprio cantor a voz em destaque.
Antes de apresentar a sua versão de “Eleanor Rigby”, Carlos do Carmo deixa bem clara a sua paixão pela obra dos Beatles, grupo de quem tinha gravado em disco pouco antes a canção “Something”. Mas também o belga Jacques Brel ou os portugueses José Afonso ou Manuel Freire conheceram versões de canções suas na voz do nosso cantor de hoje.
Já depois do 25 de Abril, em 1976, Carlos do Carmo é o intérprete único convidado pela RTP para o Festival da Canção desse ano. Com "Uma Flor de Verde Pinho" - letra de Manuel Alegre e música de José Niza – leva assim o nosso fado à Eurovisão. Fica em 12º lugar, mas a definitiva consagração internacional chegaria mais recentemente, em 2014, com a atribuição de um Grammy Latino de Carreira.