ANAR BAND COM E.M. DE MELO E CASTRO por João Carlos Callixto
18 Fev 1979 - "Diálogos"
O “Gramofone” desta semana traz os sons experimentais da Anar Band, grupo formado na década de 1970 por Jorge Lima Barreto e que contou com Rui Reininho na guitarra. Numa performance captada em 1979 para o programa “Obrigatório Não Ver”, de Ana Hatherly, chega-nos também a poesia de E.M. de Melo e Castro, dita ao vivo pelo próprio, cruzando-se assim a literatura e a música de uma forma que ainda hoje nos surpreende.
E.M. de Melo e Castro é um dos nomes mais relevantes da poesia experimental em Portugal, tendo-se estreado na década de 1950. Filho de um compositor, que mais tarde seria cantado pela sua filha Eugénia Melo e Castro, não são portanto de estranhar as colaborações musicais do poeta. Neste ano de 1979, E.M. de Melo e Castro publica o livro "As Palavras Só-Lidas”, vindo cinco anos mais tarde a colaborar com os Telectu, no álbum "Off Off".
Jorge Lima Barreto estava ligado à improvisação musical desde finais de 60s. Colaborador da imprensa especializada, como o “Mundo da Canção”, “Memória de Elefante” ou “Musicalíssimo”, formou a Associação de Música Conceptual e a Anar Band, projecto que editaria em 1977 o seu único disco. Neste mesmo ano de 1979 da nossa peça de hoje, Jorge Lima Barreto edita outro álbum, "Encounters", desta vez em nome próprio e partilhado com Saheb Sarbib (ex-elemento do Quinteto Académico).
Ao longo da década de 70, Rui Reininho tinha integrado grupos como os Ténia, Sistema e Atitudes, sendo também a Anar Band o primeiro projecto com que grava. Em 1981, junta-se aos GNR, a tempo do 1.º álbum, ainda sob a égide de Jorge Lima Barreto. Os Telectu, com Vítor Rua, surgem no ano seguinte e tiveram uma das carreiras mais duradouras nas áreas da música experimental em Portugal.
E.M. de Melo e Castro é um dos nomes mais relevantes da poesia experimental em Portugal, tendo-se estreado na década de 1950. Filho de um compositor, que mais tarde seria cantado pela sua filha Eugénia Melo e Castro, não são portanto de estranhar as colaborações musicais do poeta. Neste ano de 1979, E.M. de Melo e Castro publica o livro "As Palavras Só-Lidas”, vindo cinco anos mais tarde a colaborar com os Telectu, no álbum "Off Off".
Jorge Lima Barreto estava ligado à improvisação musical desde finais de 60s. Colaborador da imprensa especializada, como o “Mundo da Canção”, “Memória de Elefante” ou “Musicalíssimo”, formou a Associação de Música Conceptual e a Anar Band, projecto que editaria em 1977 o seu único disco. Neste mesmo ano de 1979 da nossa peça de hoje, Jorge Lima Barreto edita outro álbum, "Encounters", desta vez em nome próprio e partilhado com Saheb Sarbib (ex-elemento do Quinteto Académico).
Ao longo da década de 70, Rui Reininho tinha integrado grupos como os Ténia, Sistema e Atitudes, sendo também a Anar Band o primeiro projecto com que grava. Em 1981, junta-se aos GNR, a tempo do 1.º álbum, ainda sob a égide de Jorge Lima Barreto. Os Telectu, com Vítor Rua, surgem no ano seguinte e tiveram uma das carreiras mais duradouras nas áreas da música experimental em Portugal.