A FERRO & FOGO por João Carlos Callixto
10 Jul 1977 - "Timor"
Quando falamos em bandas de rock longevas, pensamos normalmente nos UHF ou nos Xutos & Pontapés – mas hoje trago aqui ao “Gramofone” um grupo ainda mais antigo e que completa neste ano de 2017 quarenta anos de carreira. São os Ferro & Fogo, formados precisamente em 1977, ano também do momento aqui resgatado dos arquivos da RTP e transmitido originalmente no programa “Botas de Sete Léguas”.
Com raízes num grupo formado em Lisboa no início da década de 60, os Plutónicos, que chegaram ainda a gravar um EP com o cantor Gino Garrido, os fundadores dos Ferro & Fogo apresentavam-se como uma proposta nova na criação de originais. Com a recente invasão de Timor-Leste por parte das tropas da Indonésia, o grupo concebe uma obra musical dedicada à causa do território asiático, que nunca chegam no entanto a editar comercialmente e de que a música de hoje é um fragmento. A letra é do baixista, Alfredo Azinheira, e a música é de José Castro, dos Petrus Castrus.
Pelo grupo dos irmãos Castro tinha passado João Seixas, que aí ocupara o posto de baterista mas que nos Ferro & Fogo era o vocalista – neste momento de hoje, a bateria cabe a Mário Rui Brito. Nas teclas, está Óscar Carvalho, ex-elemento do grupo A Chave, e na guitarra encontramos o músico Necas, que tinha feito parte dos madeirenses Dinâmicos, e que se manteve nos Ferro & Fogo durante cerca de três décadas, saindo para formar os Eleven.
Os Ferro & Fogo acabam por só chegar aos discos no início da nova década de 80, gravando a quase totalidade da sua obra na independente Metro-Som. Inseridos numa corrente hard rock e guiados agora por outra voz potente, a de João Carlos (ex-elemento dos Hosanna e dos Renovação), publicam em 1981 o single “Super Homem”, com a guitarra de Franjas e a bateria de Carlos Alcântara. Segue-se outro single, “Santa Apolónia”, e o álbum “Vidas”, em 1982. Em 1984, chega o último trabalho do grupo, “Oxalá”, de novo um single, após o que o grupo se foca numa agenda de espectáculos bem preenchida a nível nacional e orientada para as versões de temas rock estrangeiros.
Alfredo Azinheira, que tinha integrado os Chinchilas na década de 60, seguiria a sua carreira e vence o Festival RTP da Canção em 1987, como elemento dos Nevada, com “Neste Barco à Vela”, de que é co-autor. Tal como João Seixas, também ele permanece no activo hoje em dia.
Com raízes num grupo formado em Lisboa no início da década de 60, os Plutónicos, que chegaram ainda a gravar um EP com o cantor Gino Garrido, os fundadores dos Ferro & Fogo apresentavam-se como uma proposta nova na criação de originais. Com a recente invasão de Timor-Leste por parte das tropas da Indonésia, o grupo concebe uma obra musical dedicada à causa do território asiático, que nunca chegam no entanto a editar comercialmente e de que a música de hoje é um fragmento. A letra é do baixista, Alfredo Azinheira, e a música é de José Castro, dos Petrus Castrus.
Pelo grupo dos irmãos Castro tinha passado João Seixas, que aí ocupara o posto de baterista mas que nos Ferro & Fogo era o vocalista – neste momento de hoje, a bateria cabe a Mário Rui Brito. Nas teclas, está Óscar Carvalho, ex-elemento do grupo A Chave, e na guitarra encontramos o músico Necas, que tinha feito parte dos madeirenses Dinâmicos, e que se manteve nos Ferro & Fogo durante cerca de três décadas, saindo para formar os Eleven.
Os Ferro & Fogo acabam por só chegar aos discos no início da nova década de 80, gravando a quase totalidade da sua obra na independente Metro-Som. Inseridos numa corrente hard rock e guiados agora por outra voz potente, a de João Carlos (ex-elemento dos Hosanna e dos Renovação), publicam em 1981 o single “Super Homem”, com a guitarra de Franjas e a bateria de Carlos Alcântara. Segue-se outro single, “Santa Apolónia”, e o álbum “Vidas”, em 1982. Em 1984, chega o último trabalho do grupo, “Oxalá”, de novo um single, após o que o grupo se foca numa agenda de espectáculos bem preenchida a nível nacional e orientada para as versões de temas rock estrangeiros.
Alfredo Azinheira, que tinha integrado os Chinchilas na década de 60, seguiria a sua carreira e vence o Festival RTP da Canção em 1987, como elemento dos Nevada, com “Neste Barco à Vela”, de que é co-autor. Tal como João Seixas, também ele permanece no activo hoje em dia.