Mapa identitário da Experimenta Design 2001, a Voyager é a exposição itinerante que oferece um retrato da mais recente criatividade portuguesa.
Milão, Londres e agora Lisboa.
Um corredor, feito de matéria sensível, interage com o visitante.
Define a entrada da Voyager. Cruza o som, a palavra e o gesto de Rafael Toral, Rui Gato e Vasco Gato. Guta Moura Guedes concebeu o projecto.
Transposto o Módulo Vermelho, feito porta de entrada, a Voyager dispõe-se ante os nossos olhos com os conteúdos de mais de 80 criadores portugueses.
Dividida em quatro módulos, a Voyager expõe a sensação quente do Vermelho, a sensação fria do Azul, a elegância do cristal e a profusão das imagens.
Miguel Vieira Baptista desenhou as ideias do colectivo Experimenta, criando numa estrutura física o que antes existira num esboço intangível.
A Voyager prova que a mais intensa das viagens pode ser a que ocorre num espaço interior.
No espaço que recebe a Voyager há um módulo em forma de cruz. Ali são projectados filmes, vídeos e apresentações 3D de curta duração. As imagens distribuem-se por quatro terminais subordinadas a lógicas distintas.
No terminal de chegada Pedro Gadanho propôs a quatro criadores que explorassem diferentes olhares sobre arquitecturas produzidas nos últimos cinco anos.
Filipa César, José Pinheiro e Dub Video Connection trouxeram diferentes universos para o projecto. Num dos filmes realizados, Rita Nunes aborda duas casas citando Alfred Hitchcock.
O cinema tinge de emoção a arquitectura. As histórias que ali se vivenciam coabitam com o espaço.
No Terminal 2 ficamos a sós com as imagens encerradas no ecrã.
Premindo o teclado, a escolha fica do lado do utilizador. Micro-peças coreográficas de autores como Vera Mantero, Rui Horta, Clara Andermatt combinam-se com pequenos filmes de designers gráficos.
Ângela Ferreira, João Onofre e Francisco Queiroz foram alguns dos artistas convidados por Pedro Lapa para o terceiro Módulo de Imagens.
João Tabarra construiu uma peça, ironizando sobre Tiananmen.
Filmou em vídeo à míngua de dinheiro para a película. Aplicou-lhe um título pungente de Guy Debord.
Um passo à frente na viagem, Marco Sousa Santos estabelece um cruzamento jazzístico entre a realidade e a virtualidade.
Agora que os vestígios do tempo estão inscritos na Voyager, a exposição instala-se em Lisboa. Esta é a próxima paragem.