A Ilha das Flores é como o bilhete postal de todo o arquipélago dos Açores: tem as lagoas como São Miguel, as falésias escarpadas como São Jorge, as pastagens como na Terceira, as rochas vulcânicas como no Pico.
É a mais pequena das ilhas dos Açores depois do Corvo, e, para muitos, a mais bela. Mas é também a que mais sofre com a distância e a insularidade: os seus 3 600 habitantes vivem numa paisagem excepcional, mas pagam um preço: não há oportunidades profissionais e os mais jovens partem à procura de outros destinos.
Assim, a Ilha das Flores, que tem apenas duas áreas de protecção especial, confronta-se com uma economia rural tradicional, ao mesmo tempo que despontam oportunidades de um turismo de qualidade assente na excepcional beleza dos ambientes naturais da Ilha.
Quando se abrem novas estradas e caminhos para facilitar a vida dos criadores de gado, os estrangeiros que escolheram reformar-se ali protestam: acham que o futuro está na preservação integral da natureza.
O "Planeta Azul" visitou a Ilha das Flores e documenta as diferentes opiniões sobre como valorizar a riqueza ambiental da Ilha, num contexto em que nem sequer existe ainda um aterro sanitário que elimine as lixeiras a céu aberto.