César é um cantautor no exílio parisiense e um dos mais celebrados pela oposição. Os estudantes sabem de cor as suas cantigas de intervenção e ele, apesar da companheira de longa data discordar, acha que tem de arranjar maneira de voltar ao país e dar o corpo às balas, se for preciso. Os ecos do falhado Levantamento das Caldas fazem-no decidir por uma perigosa viagem de volta a casa, que empreende na companhia da nervosa Maria. Chega na véspera do 25 de Abril e perde-se de imediato de amores por São José, membro da LUAR, uma verdadeira amazona (em contraste absoluto com Maria) que os ajuda a escapar de uma perseguição por PIDEs. César deixa a companheira e atira-se de cabeça: durante 24 horas ele e São José são o país, a revolução e o mundo, enfim, virado do avesso. Distribuem cravos, atiram pedras aos Ministérios, insultam o oficial que manda atirar sobre Salgueiro Maia no Terreiro do Paço, fazem amor na rua. No dia 26 de Abril, ele conhece os outros amantes de São José.