Ep. 44 08 Nov 2024
Esta semana estão no Causa e Efeito: Dom João Carlos Nunes, Roberto Paulo, Frei José Nunes, Armindo Laureano, Teixeira Cândido, Liberato Moniz, Margarida d´Oliveira Martins, Sandra Dias Fernandes e Ana Franco.
Apesar de não poderem fazer parte dos rituais regulares da Igreja ou das liturgias, a autorização de bênçãos para casais do mesmo sexo ou de pessoas divorciadas é vista como uma decisão histórica e como um sinal de abertura por parte Igreja. Dentro da própria Igreja, este é também um tema polémico e com forte oposição dos mais conservadores. A propósito do comunicado da Conferência Episcopal de Moçambique, que recusa que tais bênçãos sejam feitas no país, convidámos a debater este tema o arcebispo de Maputo, Dom João Carlos Nunes; o frade dominicano, Frei José Nunes; e Roberto Paulo, diretor executivo da LAMBDA.
O diretor do semanário angolano Novo Jornal diz que a publicação está a ser alvo de uma tentativa de "asfixia". Armindo Laureano denunciou uma invasão à sede do jornal, em dezembro, por alegadas ordens judicias. Em causa, está uma disputa na justiça, entre os empresários Álvaro Sobrinho e Emanuel Madaleno, a quem se atribui a propriedade do Grupo Nova Vaga que detém também o semanário económico Expansão. Teixeira Cândido é o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos.
O Governo são-tomense entregou o Orçamento Geral do Estado, sem acordo com Fundo Monetário Internacional que exige ao país garantias para o financiamento de combustíveis. O presidente Carlos Vila Nova lamentou a falta de entendimento, na mensagem de Ano Novo à nação, e sublinhou que o acordo com o FMI iria permitir a entrada de fundos externos no arquipélago. Liberato Moniz analisa.
A África do Sul acusou formalmente Israel de crimes de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça. O Governo de Pretória diz que o Estado liderado por Benjamin Netanyahu está a violar a Convenção para a Prevenção e Punição do Genocídio, devido à ofensiva miliar em Gaza, que já provocou mais de 22 mil mortos. Vamos perceber que resultado pode ter este processo com a professora e investigadora Margarida d´Oliveira Martins.
No primeiro dia deste ano, o grupo de economias emergentes BRICS, que incluía até ali, o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou a integrar oficialmente 5 novas nações: a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irão, Egipto e Etiópia. A Argentina acabou por não entrar para o bloco por decisão do novo presidente ultraliberal Javier Milei. A análise da professora e investigadora, Sandra Dias Fernandes.
Na opinião da semana, Ana Franco (investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais) faz um balanço das operações de paz e atividade da União Africana.