O vale do Lwanga, na Zâmbia, é uma terra de extremos. O seu vasto território alberga uma das maiores populações de vida selvagem do mundo. O poderoso rio Luangwa talha a paisagem e deixa marcas da sua vitalidade ao longo de 15.000 quilómetros quadrados de prados e florestas. Mas, a incomparável magnificência do vale revela-se verdadeiramente na drástica dicotomia que se dá com a mudança de estações. Todos os anos, um resplandecente paraíso de folhagem cor de esmeralda transforma-se num terreno ermo de areia queimada. Para os seus habitantes a estação seca traz o desespero e a tragédia. A angústia e o conflito encontram-se no maior estádio da natureza.