20 Jan 2023
Esta semana estão no Causa e Efeito: Sérgio Massinga, João Caiado Guerreiro, José Agnelo Sanches, João Armando, Alexandra Magnólia Dias e Lutina Santos.
O professor que, em 2011, denunciou os alegados abusos sexuais ao Bispo José Ornelas, entregou também denúncias formais às autoridades, de Moçambique, Portugal e Itália. Em Portugal, tratando-se de crimes cometidos em Moçambique por italianos, contra crianças sem nacionalidade portuguesa, a queixa acabou arquivada, nesse mesmo ano, com a justificação de "incompetência territorial". O advogado João Caiado Guerreiro, e Sérgio Massinga, presidente da Associação Moçambicana dos Advogados Cristãos, analisam este caso.
No Burkina Faso, um novo Golpe de Estado depôs o líder do governo militar, que estava instalado no país desde janeiro deste ano, após a queda do então presidente Kaboré. Após a insurreição que retirou do poder Damiba, na última sexta-feira, dezenas de pessoas tomaram as ruas da capital de Uagadugu. Empenhando bandeiras russas, os manifestantes pediram uma intervenção de Moscovo no combate à crescente violência jihadista, que assola o país desde 2015, e dirigiram ataques à França, antiga potência colonizadora, e parceira na luta contra o terrorismo. Alexandra Magnólia Dias é professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa.
Em Cabo Verde, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou o aumento do salário mínimo nacional para 14 mil escudos (cerca de 126 euros), em 2023, bem como uma atualização de salários, entre 1 e 3,5 %, para os funcionários públicos e pensionistas com rendimentos mais baixos. Estas são duas das principais medidas do Orçamento de Estado do próximo ano, que foi entregue, esta segunda-feira, no Parlamento cabo-verdiano. A análise de José Agnelo Sanches, economista e consultor.
O colégio presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola, a CASA-CE, esteve reunido, esta terça-feira, para analisar a situação interna da coligação, numa altura em que se fala numa possível saída do Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana. A coligação, que agrega cinco partidos angolanos, perdeu os 16 lugares que tinha elegido, em 2017, para a Assembleia Nacional, passando a ser sexta força política no país. João Armando, diretor do Jornal Expansão, analisa.
Na opinião da semana, o analista político Lutina Santos analisa os principais desafios do novo Governo do MPLA, que tomou posse em Angola, no passado mês de setembro.