Causa e Efeito

GB: Suspensão Contratações /Tensão em Angola / Massacre Wiri...

Episódio 32 de 50 Duração: 55 min

Esta semana estão no Causa e Efeito: Fernando Vaz, Yoio João Correia, Seni Djassi, Sérgio Calundungo, Bruno Sena Martins, Amina Bawa e Rui Verde.
Já depois do anúncio da suspensão de novos contratos, nas áreas da saúde e educação, na Guiné-Bissau, um despacho do ministério da saúde afastou 1 500 profissionais, admitidos na função pública, no ano passado. Por alegadas, ilegalidades no concurso. Perante a contestação social, o presidente guineense, Sissoco Embaló, disse aos jornalistas que quer uma investigação, nos ministérios da Saúde e da Educação, para clarificar a questão das dívidas e da suspensão dos novos ingressos. A análise com o ministro do Turismo e Artesanato e porta-voz do Governo guineense, Fernando Vaz; Yoio João Correia, presidente do Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins; e Seni Djassi, presidente da Frente Nacional dos Professores e Educadores.
O Tribunal Constitucional de Angola rejeitou o recurso da UNITA e do Bloco Democrático, que contestava os resultados oficiais das últimas eleições no país, por considerar que os elementos apresentados "não colocam em causa os resultados gerais". João Lourenço tem agora luz verde para tomar posse, a 15 de setembro. Mas o clima, em Luanda, mantém-se tenso. Sérgio Calundungo é o coordenador do Observatório Político e Social de Angola.
No último sábado, durante uma visita oficial a Moçambique, o primeiro-ministro português António Costa pediu desculpa pelo massacre de Wiriamu. O episódio remonta a 16 de setembro de 1972, quando cerca de 400 civis desarmados foram mortos por militares portugueses. É considerado um dos maiores massacres coloniais, e nunca tinha sido reconhecido oficialmente pelo Estado português. António Costa falou de um "ato indesculpável que desonra" a história de Portugal, e o gesto acabou por dividir opiniões. Bruno Sena Martins é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
O Brasil celebrou, esta 4ª feira, o bicentenário da declaração da independência. Foi em 1822, pelo então regente da antiga colónia portuguesa, D. Pedro IV de Portugal (I do Brasil). A jornalista Amina Bawa comenta.
Na opinião da semana, o investigador Rui Verde fala das consequências que a incerteza pós-eleitoral pode ter na economia angolana.