Causa e Efeito

Ataque a Agnelo Regalla / Regimes Autocráticos em África / M...

Episódio 17 de 50 Duração: 55 min

Esta semana recebemos no Causa e Efeito: Agnelo Regalla, André Pereira Matos, Ismael Nhacucué, Egídio Guambe, Serra Bango, Falcão Nhaga e Sofia de Sousa.
A polícia judiciária da Guiné-Bissau está a investigar o atentado ao deputado da União para a Mudança, Agnelo Regalla. Regalla conseguiu fugir depois de ser atingido numa perna. As autoridades policiais avançam com a possibilidade de se tratar de um ato isolado.
O risco de recuos nas democracias em África está a ser estudado por vários especialistas. Os casos de reforço do poder por regimes totalitários como o Egito ou os golpes de estado no Mali, Chade, Guiné Conacri, Sudão, e Burkina Faso, ou ainda, as tentativas de golpe de estado falhadas no Níger e na Guiné Bissau contribuem para o retrocesso das democracias. Nos países com regimes musculados a ciência política identificou processos premeditados que os poderes utilizam para se imporem aos cidadãos que passam por negar princípios das regras democráticas; legitimidade dos oponentes ou de governos eleitos democraticamente; recusa em rejeitar a violência; e a prontidão das autoridades no poder em restringir as liberdades civis e dos media. André Pereira Matos, professor de Ciência Política na Universidade Portucalense, analisa.
Em Moçambique, na última prova de vida da Função Pública, foram descobertos 7 mil militares assalariados que, na realidade, não existem. Os salários destes militares "fantasma" foram canalizados a altos quadros das Forças Armadas e de Defesa, segundo o jornal online "A Carta", que terão de responder perante a Justiça Militar. A análise de Ismael Nhacucué (porta-voz do MDM) e Egídio Guambe (professor de Administração Pública e Ciência Política).
Há um drama diário a ser vivido por centenas de mulheres grávidas que se encontram presas em Angola. Um relatório da Associação Justiça, Paz e Democracia mostra que estas reclusas não têm acompanhamento de saúde e justiça. Serra Bango é o presidente da AJPD.
Falcão Nhaga, tem 21 anos, frequenta o Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema e ganhou o Grande Prémio de Curta-Metragem do INDIE 2022 com o filme MISTIDA. Os atores Bia Gomes e Welket Bungué interpretam mãe e filho. O filme foi selecionado na secção Cinéfondation, do Festival de Cannes.
Esta semana a Opinião de Sofia de Sousa (representante da Comissão Europeia) sobre o futuro da cooperação entre as Uniões Europeia e Africana.