Quando, em Julho de 1931, os generais nacionalistas pegam em armas contra a República espanhola, Salazar apercebe-se de imediato que é a própria sobrevivência do Estado Novo que se joga na Guerra Civil de Espanha. O regime vai por isso apostar de forma decidida no lado nacionalista, prestando aos insurrectos um apoio logístico, político e diplomático que será crucial para a vitória franquista.
A Guerra Civil de Espanha divide profundamente Portugal, já que é também para lá que se voltam as últimas esperanças de uma oposição duramente atingida pelo aparelho de repressão salazarista. A vitória de Franco é, deste modo, também o triunfo de Salazar. Ostentando traços marcadamente fascistas, o salazarismo e o Estado Novo vão viver os seus anos áureos.
Jornalista: Carlos Santos Pereira
Conselheiro científico: Professor-Doutor Fernando Rosas