Ep. 21 11 Set 2020
Escrever (ou não) depois de Auschwitz? Eis a pergunta que Filipa Leal e Pedro Lamares recuperam, nesta emissão, a partir da referência de Gunter Grass, numa conferência em Frankfurt. Nos 75 anos da libertação dos últimos prisioneiros de Auschwitz, conversamos com um historiador sobre a importância da palavra escrita para a manutenção da memória. De seguida, viajamos até Londres, pelos versos de Mário Cesariny. No espaço "Gigões e Anantes", Pedro Lamares diz o texto de Valter Hugo Mãe - Coisinhas preciosas para meter no cu. No Purgatório, o escritor José Luís Peixoto junta-se ao músico Fernando Ribeiro para uma conversa sobre essa relação da Literatura com o Metal. De volta ao tema de abertura, Vasco Gato traz-nos a tradução dum excerto do livro Vontade, de Jeroen Olyslaegers, autor flamengo com um olhar muito singular sobre os tempos sombrios da ocupação nazi na Antuérpia. No fecho, é tempo de "Descer à Cave" com Filipa Leal e os versos de Ana Cristina César - "dorme que eu cuido de você e não me assusto".