Escravatura Africana em Portugal Continental
Ep. 1 01 Abr 2019
Para lá da beleza objetiva deste complexo religioso de finais do séc. XVII, ele vale por ter sido, ao longo dos últimos dois séculos, cenário da extraordinária capacidade de resistência da comunidade de Irmãs Clarissas que desde o início o habitaram.
Em 1810, a terceira invasão francesa obriga as Clarissas do Louriçal a sair do convento; em 1834, o decreto da extinção das ordens religiosas obriga as religiosas, durante décadas, as estratégias semi-clandestinas para manterem a comunidade e o seu convento; em 1910, na sequência da implantação da República, as Irmãs do Desagravo do Louriçal foram expulsas e expropriadas do convento.
Forçadas ao exílio durante 18 anos, as Clarissas do Louriçal conseguiram comprar o seu convento em 1927, quando foi a vender em hasta pública. Uma vez comprado o que sempre lhes pertencera, a comunidade regressou a casa em 1928.
As atribulações por que passou a comunidade de religiosas do convento do Louriçal a partir do início do séc. XIX são paradigmáticas do que sofreram as Ordens Religiosas em Portugal nos séculos XIX e XX. Este é um caso excecional de resiliência.
Visita guiada pela Irmã Maria de Fátima e pelo historiador Nelson Pedrosa.
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