Ana fuma um cigarro apercebe-se da chegada de Jorge, apaga-o de imediato. Jorge entra e cumprimenta-a com um beijo na boca, pergunta se estava a fumar, esta diz-lhe bem talvez uma passinha sem travar. Jorge pergunta carinhosamente pelo bebé, beija-a dizendo que gosta do cheiro dela misturado com o do tabaco, Ana olha-o sedutora, este continua a beijá-la, nota-se uma tensão sexual entre eles, mas Ana quebra-a, dizendo que tem uma dor no lado esquerdo da barriga e Jorge pousando a sua mão sobre a dela diz que ela a filha vai ficar bem.
Começando então uma acesa disputa de nomes para bebé, Jorge nomes femininos, Ana masculinos até que chegam aos nomes dos avós, e ambos riem. Jorge coloca a mão por baixo da blusa dela acariciando-lhe a barriga e pergunta se a dor passou, finge ter uma dor também, guiando a mão de Ana para dentro das calças, excitados beijam-se com desejo. Já no consultório e sentados no sofá, Ana comenta com Mário que cancelou a consulta com o Doutor Cardoso o seu obstetra, para pensar melhor, Mário concorda. Ana comenta que foi bom quando saíram da sessão anterior, não discutiram sobre a gravidez, Mário pergunta se não voltaram a falar do assunto, Jorge responde, que não quer mais discutir sobre a gravidez e que ambos querem este bebé, olham-se nos olhos e riem-se com cumplicidade. Ana diz que no dia seguinte depois do Jorge sair para o trabalho e levar o Nuno á escola esta resolveu tirar folga e deitada na cama começou a pensar que o bebé seria uma menina de certeza e imaginou o Nuno a defender a irmã dos rapazes da escola e que gostou da imagem. Entretanto já começou a notar diferenças no seu corpo, mas que faz parte do processo. Mário volta a perguntar se não voltou a ver o Dr. Cardoso e se discutiu isso com o Jorge, esta responde que não a ambas as perguntas, dizendo que Jorge lhe perguntou como tinha corrido a consulta, e terá respondido não ter ido.
Mário comenta que está muito feliz por se terem reconciliado e estarem mais calmos que na sessão anterior mas têm de tomar uma decisão sobre o aborto, Ana responde, que faltam duas semanas, tem tempo para tomar uma decisão, Jorge pensa ser a última sessão que vão, Mário diz que ainda é cedo, pois cada um deles tem mais de uma opinião sobre esta gravidez .Ana hesitante, diz ainda pensar na carreira mas acha que consegue conciliar tudo pois o mundo está cheio de mães trabalhadoras e não quer fazer nada que se venha a arrepender mais tarde, por isso vai tomar uma decisão em breve, interrompe a conversa, dirige-se à casa de banho, deixando Jorge e Mário preocupados, não responde aos apelos de Jorge, rodando a chave na fechadura, por fim saem os dois do consultório aproximam-se do carro, Jorge carinhoso e protetor ajuda Ana a entrar, Mário observa-os da janela e ouve-se o barulho do motor a arrancar. Mário chama Catarina sua mulher, aponta para uma mancha de sangue no sofá e pergunta como é que se limpa, esta procura saber se é sangue, Mário responde, ser da sua paciente que está grávida, Catarina questiona se terá sido um aborto, mas Mário não sabe, diz que ela estava sentada sentiu uma dor, foi à casa de banho e que agora está ali aquele sangue, irritado quer limpar o sofá e Catarina vai buscar os produtos de limpeza e agua oxigenada, enquanto limpa pergunta de quantas semanas estaria e se aconteceu alguma coisa durante a sessão, Mário responde que não, tinha sido uma sessão normal, continua preocupado com o sofá se a mancha saiu ou não, pois tem pacientes que são muito sensíveis, Catarina responde que vai ter de esperar que seque, pode pensar em trocar o sofá velho e tornar a sala mais acolhedora, refere sentir ciúmes desta sala, pois ele só a chama quando tem uma emergência e depois só quer que saia rapidamente. Mário diz a Catarina que está cansado e que foi falar com a Graça na semana passada, pois tinha de falar com alguém e não podia falar com ela.