Mário acompanha uma paciente à saída, depara-se com Alexandre que chegou mais cedo, porque estava na zona, por isso convém-lhe começar mais cedo. Alexandre tira do bolso um envelope dizendo que é de Laura e que deverá ser um cheque, mas quem sabe. Mário irritado, recebe-o e fecha a porta, ele quer pagar o tempo a mais da consulta, faz as contas, e displicentemente pousa o dinheiro em cima da mesa e só depois se senta. Mário pergunta-lhe se se sente melhor depois de ter pago o tempo a mais, refere o esforço que Alexandre faz para expor o desprezo que sente do processo e dele. Alexandre, pede-lhe para relaxar porque as suas atitudes são pela forma como foi criado e não gosta de caridade paga o que obtém. Mário diz que fica feliz por ele ter obtido alguma coisa. Alexandre admite, que a terapia está a valer a pena e que está a mudar a vida dele. De seguida coloca uma série de questões. Quantos pacientes tem, quantos atende por dia, quanto recebe, começa a fazer contas de quanto ganha por mês. Mário, pergunta-lhe se quer tê-lo como exclusivo, paga dez mil euros por mês ele seria o seu único paciente, afirma que este tem necessidade de recuperar a sua força, sente que o veem como fraco, o Alexandre tem dificuldade para aceitar que a terapia pode trazer-lhe melhorias tenta pôr em causa todo o processo, referindo que desde sábado que tudo lhe corre mal. Mário pergunta o que se passou no sábado, ele acreditando que este sabe do que se trata, diz que o terapeuta o podia ter avisado de Laura. Admite ter dormido com ela no sábado, pergunta se Laura falou sobre ele. Mário afirma que não pode falar dos seus pacientes, Alexandre conta que ela teria ligado a perguntar se queria jantar, ele aceitou, foi ter a casa dela e quando chegou olhou para a mesa, o vinho, a roupa e percebeu ser um pretexto para uma noite de sexo, quase como um ritual. Mário afirma ser curioso que este não fale de como se sentiu em relação ao que aconteceu. Alexandre diz que todos os terapeutas acham que o sexo é uma coisa muito importante, mas ele questiona isso tudo. Mário ecoa dizendo que o próprio terá dito que o sexo seria o central e o resto um ritual. Pergunta se Mário já se masturbou com as historias dos seus pacientes. Este refere ser humano, sim masturba-se e tem fantasias sobre muitas coisas e com todo o tipo de mulheres, nesse campo, não é assim tão diferente dele. Alexandre diz que é a primeira vez que ele responde a uma pergunta, mas garante-lhe que não se vai masturbar com a sua história e da Laura, talvez pense nisso quando estiver com a mulher e quiser retardar o orgasmo. Continua a contar como foi a noite com Laura, como cometeu todos os erros e foi terrível, que durante o jantar só pensou no seu primeiro encontro com Mariana, sua ex-mulher. Ela estava muito liberal a falar sobre sexo, as suas preferências, falou num estudo, que referiam que o vinho estimula sexualmente as mulheres e faz o contrário aos homens, durante a conversa com a Laura lembrou-se de reproduzir isso mesmo e Laura ficou calada. Mário pergunta porque terá dito isso. Ele refere que talvez fosse uma forma de a chamar para o sexo, mas que ela não ligou nenhuma, continua a falar da mulher e da sua separação, conseguiu acabar com o clima, fizeram sexo como animais a acasalar, mas como não fazia sexo à muito tempo, ejaculou precocemente.