Uma estela funerária muito maltratada encontrada numa escavação no Monte Mozinho, identifica uma mulher, Paterne, filha de Celso que morreu com 45 anos. Qual a sua história particular, em que casa viveria? Não sabemos. O castro de Monte Mozinho, em Penafiel, é, aliás um lugar de muitas histórias que ignoramos e de um maior número, ainda, de lendas que o dão como um lugar mal assombrado.
Visto do ar, parece um campo de pouso de naves intergaláticas. Do chão, vemos um lugar muito bem organizado, com filas de pedras que se entrecruzam, uma mistura de vestígios de antigas construções redondas e quadradas alinhadas junto a caminhos bem pavimentados.
Há em Mozinho lugares intrigantes como, por exemplo, o monumento equestre...no museu de Penafiel há partes do cavalo, no castro um pedaço da peanha onde estava o animal de pedra. Sozinho? Com um cavaleiro? Não há certeza.
O lugar teve mão romana na sua génese. À volta de Mozinho vivia muita gente dispersa ou em pequenos casais, era mais rentável juntar todos num castro organizado, com outras comodidades, comércio mais facilitado, mão de obra acessível...Assim foi feito.
A vida em Mozinho durou alguns séculos até que começou a extinguir-se. Partia Roma, ficavam as pedras e a fama de sítio ideal para encontrar almas do outro mundo e alguns tesouros também. O lugar foi saqueado por caçadores de antiguidades e passou a ser conhecido por cidade morta de Mozinho.