As pedras decidiram o destino da pequena aldeia do Freixo, em Marco de Canaveses. Durante séculos, os habitantes da aldeia viveram e plantaram as suas hortas sobre uma antiga cidade romana chamada Tongobriga. Isto soube-se já no final do século dezanove quando foi encontrada, na beira de um poço, uma ara de granito dedicada ao génio tongobricence, o génio protetor de Tongobriga. Apesar da descoberta, só nos anos oitenta do século seguinte se começou a desenhar a cidade com as primeiras escavações arqueológicas.
Uma outra pedra, uma ara dedicada a dea sancta fortuna, uma oferenda feita por um homem de nome Valerio Paternus, foi descoberta durante as primeiras escavações sob a derrocada da abóbada das termas.
Algumas zonas habitacionais já escavadas dão indicações de como poderia ter sido o quotidiano nos tempos romanos. O que ficou mostra casas construídas de forma competente, com pedra bem talhada sendo visíveis, em alguns casos, restos de canalizações.
A parte antiga da aldeia do Freixo é hoje monumento nacional e abriga uma escola profissional de Arqueologia.