Um peixe solta-se de uma sandes e com ele inicia-se uma viagem gráfica a partir de 20 desenhos de bolso de personagens que procuram o seu lugar de
conforto.
É esta história simples que José Miguel Ribeiro filma de forma elegante, a preto e branco, animando desenhos sobre papel com o auxílio de computador.
O filme foi exibido na Monstra - Festival de Animação de Lisboa, Cinanima - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, nos Caminhos do Cinema Português, no Curtas Vila do Conde Festival Internacional de Cinema, e na Animateka International Animated Film Festival, Eslovénia.
José Miguel Ribeiro licenciou-se em Artes Plásticas - Pintura na "Escola Superior de Belas Artes" de Lisboa, estudou animação de desenho e volumes na Lazzenec-Bretagne, Rennes e na Filmógrafo , Porto em 1993/4.
Co-realizou "O Ovo", com o qual ganhou vários prémios internacionais, realizou curtas animações para a "Rua Sésamo" e em 1996 foi premiado no Cinanima com a curta metragem "O Banquete da Rainha". Realizou "A Suspeita" (1999), média metragem em animação de volumes, à qual foram atribuídos 26 prémios internacionais, destacando-se o Cartoon D"Or 2000.
"20 Desenhos e um Abraço" é a sua mais recente curta-metragem. A média metragem "Papel de Natal" é o seu derradeiro filme e foi exibida nos cinemas no natal de 2015.
O CINEMAX exibe "20 Desenhos e Um Abraço" em parceria com a Monstra, festival de animação de Lisboa, que abriu as incrições para o prémio Vasco Granja a atribuir em 2016.
Novembro é o mês de João salaviza no Cinemax Curtas. Em três sessões exibiremos um programa especial que complementa a estreia de "Montanha", a primeira longa-metragem do realizador (em exibição nos cinemas a partir de 19 novembro).
Esta programação dedicada ao cinema de Salaviza inclui as três curtas-metragens de ficção do realizador: "Rafa", "Cerro Negro" e "Arena", Palma de Ouro no festival de Cannes 2009 e prémio melhor curta-metragem portuguesa no IndieLisboa"09.
O programa especial de três curtas começa com a exibição de "Arena", o primeiro filme profissional de Salaviza, centrado em Mauro (Carloto Cota), um rapaz que cumpre prisão domiciliária e que enfrenta o dilema de ter que transgredir a lei para acertar contas com um bando de miúdos marginais.
Quando recebeu o prémio no festival de Cannes, João Salaviza agradeceu ao Festival a oportunidade que lhe foi dada para mostrar o seu amor ao cinema: "Penso que o cinema está vivo e este prémio também pertence à nova geração e partilho-o convosco".
Numa nota escrita quando "Arena" foi exibido no IndieLisboa, o realizador esclareceu que pretendeu "captar a tensão dos momentos em que nada se altera."
Ao filmar o Mauro em prisão domiciliária, Salaviza confrontou-se com a condição de um homem que não tem para onde ir. "Segui esta ideia, desde o guião até à montagem. O princípio é de que os planos não se antecipam às deambulações do protagonista, nem lhe sugerem caminhos que ele, simplesmente, não pode ver."
João Salaviza defendeu ainda que Arena é um filme sobre violência urbana e juvenil, sobre bairros problemáticos que são verdadeiras "bombas-relógio". O filme foi rodado no Bairro da Flamenga na Bela Vista.