Esta semana o Cinemax exibe "A Caça Revoluções", o filme de Margarida Rêgo, dedicado ao espírito do 25 de abril, estreia na televisão portuguesa numa emissão onde também é exibido o "Manifesto dos Danados" de João Niza Ribeiro.
Para Margarida Rêgo tudo começou com uma fotografia tirada pelo seu pai, durante o 1º de maio de 1974. Partindo dessa imagem foi "procurar um país, como quem quer entrar dentro de um tempo em que não viveu e perceber o que significa fazer parte de uma revolução ou o que significa lutar por um país". "A Caça Revoluções" é um encontro entre dois países, entre duas lutas e entre duas pessoas que procuram a transformação de um país. O filme estreia em televisão, numa sessão do Cinemax Curtas que assinala o 25 de abril, um ano depois de ter sido selecionado para o IndieLisboa 2014 e de ter sido exibido na seleção oficial da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.
Margarida Rêgo licenciou-se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e realizou um mestrado no Royal College of Art, em Londres.
Nesta emissão será também exibido "Manifesto dos Danados", primeira obra de João Niza Ribeiro. O realizador assume numa nota de intenções que o manifesto nasceu da premissa estabelecida por Albert Camus em O Mito de Sísifo: "Se uma só vez pudéssemos dizer: "Isto é claro", tudo estaria salvo." E assim procurou criar um filme onde o discurso Absurdo encontra eco através do cinema, com uma narrativa que se desconstrói mas que nunca se fragmenta, estimulando a visão individual de cada espectador. No "Manifesto dos Danados" duas respostas nunca são exatamente iguais.
O filme de João Niza Ribeiro foi o vencedor na categoria Take One! do festival Curtas de Vila do Conde, dedicada a filmes de escola e resulta de um projeto do curso de Som e Imagem da Universidade Católica.