Estado de Sítio

Episódio 45 de 202

Na rádio, Carlos informa os beiralenses que começa a ser tradição a falta de água em Beirais. Ele explica que um rebentamento de condutas está a afetar mais de vinte povoações e que os está a deixar há quase dez dias sem água. Carlos diz que com o rebentamento das condutas, foi-se também a estrada que liga Beirais ao resto do mundo. Ele critica São pelo seu silêncio em relação à situação e diz que a fonte dos milagres é a única que continua a correr, mas a água sai a conta-gotas. Carlos diz que está cada um por si e que estão quase à beira de um verdadeiro estado de sítio. No largo da igreja, Padre Justino e Luís chegam com garrafões de água e vão distribuindo pelos habitantes. Os beiralenses agitam-se indignados e Padre Justino tenta meter ordem na confusão. Na junta de freguesia, São vai gritando e desabafando com Fernando. Ela está alarmada com a indignação da população e Fernando diz que o poder tem dois lados e que não é só receber coisas boas e que tem que arcar com as consequências. São diz que não tem culpa do rebentamento das condutas e que as pessoas são parvas. Nazaré entra e está com um ar abatido. Ela pergunta a São se já há novidades sobre as condutas e São responde que se houvesse novidades ela estaria na rua a falar com os beiralenses. Nazaré critica São e ela fica irritada. Quando Nazaré vai embora, Fernando defende-a e diz a São que Nazaré tem razão pois a população é como um rebanho: se não tem pastor, acaba por dispersar. Nas ruas de Beirais, Padre Justino e Luís continuam a distribuir garrafões. Clara e Susana estão também na fila e Clara está a sentir-se mal. Ela vai-se agasalhando como se estivesse com frio. Vasco vai fotografando a situação. Clara começa a ficar fraca e tem suores de frio. Susana diz que ela está a arder em febre e Clara acaba por desmaiar. Susana grita por socorro e Vasco e Padre Justino correm na direção de Clara. Os habitantes aproveitam o momento para se atirarem aos garrafões e Luís não consegue controlá-los. Vasco e Susana resolvem levar Clara ao consultório de Nuno. Vasco corre com Clara nos braços e Susana vai atrás. São ouve os protestes dos habitantes: "queremos água em Beirais! O povo não aguenta mais!". Fernando diz que ela vai ter que sair da Junta e falar com o povo. São diz que não sabe quando é que a água vai voltar. Nazaré diz que não se está a sentir muito bem e desmaia. São entra em pânico e Fernando diz que tem uma ideia brilhante. Os habitantes estão cada vez mais irritados e Júlio e Vítor tentam conter os protestos. São e Fernando transportam Nazaré que continua inconsciente. O povo vê São e fazem críticas, mas São pede que saiam da frente pois têm de salvar a vida a Nazaré. Fernando também pede que os deixem passar. Júlio também acaba por desmaiar e Vítor pede ajuda à população presente. Já na sociedade recreativa, Nuno vai ajudando quem precisa de ajuda. Susana e Marina vão dando auxílio a Nuno e ele vai acudindo Clara, Luís, Nazaré e outros habitantes. Vasco acha que a água da fonte pode estar contaminada. Vasco critica São pois acha que ela devia ter visto se a água estava boa para consumo. Susana diz a São que ela vai ter que acabar com a distribuição da água da fonte. No largo da igreja, os habitantes gritam para São e Fernando. Eles despejam os últimos garrafões de água e a população chama-os de assassinos pois vão morrer à sede. São explica que a fonte dos milagres foi selada pois a água pode estar contaminada e não podem beber mais daquela água pois é perigoso. Padre Justino defende Fernando e São e pede calma aos habitantes. Padre Justino pressiona Fernando para que ele arranje uma forma de trazer água da sua fábrica e distribuí-la. Vasco cuida de Clara na sociedade recreativa. Ele pede a Clara para falar com ele e ela está em delírio e diz que foi muito injusta com Diogo e pede-lhe desculpa. Vasco percebe que Clara está em delírio e ela continua a chamar por Diogo e ao mesmo tempo por Vasco.