Carpir Diem

Episódio 21 de 202

Irene vai a Beirais com o seu marido Gérson com o objectivo de conhecerem a casa do pai de Gérson. O seu marido acaba por falecer na aldeia e Irene vai à agência funerária falar com Moisés e Joaquim. Ela não se contém e começa a chorar. Irene refere que está triste por o seu marido ter um funeral solitário, sem amigos, sem nada. Ela pergunta a Moisés se ele não tem uma carpideira pois Gérson iria gostar muito. Moisés diz-lhe que isso não se usa muito na aldeia de Beirais. Ele diz-lhe para ficar descansada porque Gérson não vai estar sozinho pois eles (Moisés e Joaquim) vão lá estar a dar apoio. Irene insiste no assunto e diz que está disposta a pagar pois o seu marido tem que ter o melhor velório e funeral das redondezas. Ela refere que tem que conhecer as carpideiras antes do funeral e avisa que elas não podem ser mulheres bonitas porque o seu marido era muito mulherengo. Na rádio, Carlos informa que está a decorrer um casting de carpideiras e só podem concorrer mulheres. Alzira e Xana estão a ouvir a rádio e algumas mulheres estão a chorar no minimercado. Olga entra e pergunta se morreu alguém e Alzira explica que morreu um brasileiro, o filho do Alberto Ferreira. Olga não percebe porque é que estão pessoas a chorar e Alzira explica que Irene está disposta a pagar oitenta euros a cada carpideira. Xana e Alzira começam a treinar e choram. Já Joaquim e Moisés tratam do casting das carpideiras na agência funerária. Os cangalheiros não gostaram das mulheres que fizeram o casting e resolvem procurar Olga. Ela refere que não está interessada em fazer de carpideira e Joaquim tenta convencê-la. Mais tarde, Joaquim aparece vestido de mulher na funerária e acha que a melhor solução é ele e Moisés serem as carpideiras. Joaquim será a "Joaquina" e Moisés a "Moisélia". Moisés acha que a ideia não faz sentido porque assim não vão conseguir dar assistência ao funeral. Joaquim explica-lhe e mostra que por baixo do vestido tem o fato do dia-a-dia e umas toalhitas para tirar a pintura. Ele refere que assim conseguem fazer as duas coisas: fazer de carpideiras e dar assistência ao funeral. Na casa de turismo, Joaquim e Moisés estão vestidos de "Joaquina" e "Moisélia". Joaquim fala com uma voz feminina e pergunta a Rita se Irene se encontra na casa de turismo. Rita diz que sim e não os reconhece e Joaquim diz que Irene está à espera deles. Rita pede que voltem mais tarde pois Irene pediu para não ser incomodada. Os cangalheiros acabam por desistir e ir embora. No gabinete do padre, Gabriel aprecia a figura do Santo São José. Padre Justino explica-lhe que São José de Arimateia foi o discípulo que levou o corpo de Jesus Cristo a enterrar. Gabriel refere que é mais uma razão para restaurar a estátua. Padre Justino refere que nisso não lhe pode ajudar muito, mas se Gabriel quiser pode enviar uma carta para a diocese, para que recomendem um restaurador. Padre Justino pergunta-lhe o que é que ele meteu na cabeça e Gabriel responde que queria restaurar a estátua pois a sua avó Olga gosta muito dela. Entretanto, batem à porta e é Irene. Ela pede desculpa por incomodar e diz que está à procura de velas. Padre Justino diz que não há problema e Irene repara na figura de São José nas mãos de Gabriel. Ela benze-se e diz que andou à procura desse Santo o dia todo e pergunta a Gabriel se ele pode emprestar o Santo só até ao velório do seu marido. Ela sabe que o seu pedido é um pouco estranho, mas justifica que era o Santo preferido de Gérson. Gabriel refere que não há preço que o faço mudar de ideias e Irene diz que percebe pois é uma peça de valor, do século XVII. Ele fica espantado e pergunta-lhe como é que ela sabe isso e Irene diz que fez um curso de restauro de arte. Gabriel acaba por mudar de ideias e empresta o Santo a Irene. Na agência funerária, o caixão está pronto a ser velado e à volta do caixão estão Joaquim, Moisés e Irene. Joaquim e Moisés desistiram da ideia das carpideiras e Moisés pede desculpa a Irene pela falta de carpideiras.