O silêncio da Dor

Episódio 140 de 202

Diogo convida Viriato para participar no programa da rádio. Viriato diz a Diogo que trouxe um álbum de fotografias antigo para ajudar na memória. Diogo fica curioso e pergunta-lhe se pode ver o álbum e diz que Viriato é uma pessoa importante para falar aos ouvintes das suas memórias sobre a aldeia. À medida que Diogo vai olhando para o álbum ele vai questionando Viriato sobre algumas fotografias. Viriato começa a sentir-se desconfortável com a situação e diz a Diogo que está na rádio para falar do passado de Beirais e não para falar da sua vida privada. Viriato vai embora e Diogo fica atrapalhado sem saber o que dizer. Xana está aborrecida e diz a Sandro que está farta de o ajudar no atelier. Sandro pede para ela ter paciência e que está só a acabar de alinhavar uma saia. Xana pede a Sandro para dar-lhe um beijinho e ele pede para ela esperar pois senão nunca mais adianta o trabalho. Xana tem uma crise de ciúmes e diz a Sandro que ele já não lhe dá atenção. Sandro fica a pensar nas palavras da sua mulher e para compensá-la refere que vai fazer o jantar e que ela não precisa de se preocupar com nada. Os dois abraçam-se. Na sociedade recreativa, Diogo vai meter conversa com Viriato, mas ele apressa-se a ir embora quando vê Diogo na sua direção. Marina estranha o comportamento de Viriato e pergunta a Diogo o que se passa. Diogo diz que Viriato está chateado com ele porque lhe perguntou sobre a sua mulher. Marina explica que Viriato nunca fala da sua mulher e que há quem diga que ele a assassinou. Diogo estranha o que ouve e diz que não acredita nessa história pois Viriato não faz mal a uma mosca. Marina refere que é o que dizem na aldeia e que foi quando a mulher de Viriato faleceu que ele desapareceu e deixou de frequentar Beirais. Sandro prepara o jantar para Xana. Ela vai ter com ele ao atelier e percebe que o jantar vai ser ali. Ela está bem vestida e o ambiente é romântico, à luz de velas. Apesar de Xana ter gostado do ambiente romântico, ela diz ao seu marido que podiam ter ido jantar à casa de turismo. Ele justifica-se e diz que queria estar só com ela. Quando o jantar acaba, ele acende as luzes e diz que tem que adiantar uma saia. Ela fica incrédula com a situação e diz que ele está igual ao seu pai Manel pois só pensa no trabalho. Na sociedade recreativa, Diogo e Viriato conversam. Diogo diz que está contente por Viriato falar novamente com ele e Viriato explica que não costuma aborrecer-se com ninguém, mas que gosta muito da sua privacidade. Diogo tem muita curiosidade sobre o passado de Viriato, mas respeita-o e não insiste na conversa. Sandro fica a pensar nas palavras da sua mulher e decide levá-la a dormir na casa de turismo. Os dois ficam num ambiente de cumplicidade e ele faz-lhe massagens nos pés e nas costas. O casal promete não deixar a relação cair na rotina e Sandro e Xana prometem namorar sempre que for possível. Mais tarde, Viriato desabafa com Diogo e lamenta os boatos sobre a morte da sua mulher e não esconde a mágoa que sente. Viriato explica que quando a sua mulher estava viva eles tinham uma brincadeira que quando ele fazia alguma coisa que ela não gostava ela dizia que ia fazer queixas a algum escritor para ele pôr num livro. Viriato sorri ao recordar a sua mulher. Diogo refere que o boato espalhou-se e há quem pense na aldeia que ele matou a sua mulher. Viriato sublinha que as pessoas gostam muito de falar do que não sabem e que quando ficou viúvo essa brincadeira deixou de ter piada. Viriato confessa que só de pensar que alguém pode imaginar que ele matou a sua mulher, deixa-o fora de si e por isso afastou-se da aldeia. Diogo compreende o sofrimento do amigo e mostra-lhe o seu apoio com palavras de conforto.