Ep. 123 13 Mar 2014
Marta aguarda por Rodrigo ao pé do miradouro. Enquanto ele não chega cede ao impulso de transpor uma vedação e colher uma margarida. Quando Rodrigo chega perto de si, Marta precipita-se para ele e, com palavras carinhosas vai colocando na sua lapela a flor que colheu. Levada pela paixão, diz que já tinha saudades do namorado, pois estar com ele na empresa não é a mesma coisa do que estarem sozinhos. Rodrigo interrompe-a e diz que vai casar no dia seguinte, ao mesmo tempo que pede desculpas por ter-lhe criado falsas expectativas e por nunca lhe ter dito que estava noivo. O mundo de Marta começa a ruir, incrédula com o que ouve. Rodrigo justifica-se, afirmando que são de mundos diferentes e que, no fundo, ambos sabiam que a sua relação não iria resultar. Marta chora e culpa-o de nunca ter assumido o namoro, descobrindo agora, da pior forma, a razão para ele não o ter feito. Rodrigo estende a Marta um grande envelope cheio de dinheiro para compensar o facto de ela ter de procurar outro emprego. Marta rasga o envelope fazendo com que as notas voem em seu redor. Amargurada, segue para o carro, desejosa de fugir dali. Rodrigo também fica afectado pelo que acabou por fazer e arranca a flor que Marta lhe tinha colocado no casaco, atirando-a raivosamente contra o chão. Marta não consegue encontrar o comando para abrir o carro e despeja a mala em cima do capou do carro. À vista fica um teste de gravidez positivo que ainda a faz pensar em voltar atrás. No entanto, Marta volta a colocar tudo dentro da mala e acaba por arrancar.
Rodrigo está tenso enquanto aguarda no altar pela entrada da noiva na igreja. Gonçalo pergunta ao amigo se está nervoso, mas ele responde que é apenas da espera. Luísa entra finalmente da igreja e os convidados posicionam-se para a ver.
Na igreja, o padre dá indicações a Rodrigo e Luísa para que repitam com ele, cada um a seu tempo, os votos nupciais. Marta irrompe pela igreja, deixando a porta bater com estrondo atrás de si. Rodrigo fica em pânico ao vê-la avançar na direcção do altar e começa a ter dificuldade em repetir as frases que o padre profere. Otília fulmina o filho com o olhar, enquanto Gonçalo o incentiva a prosseguir. Este fica aflito quando Luísa lhe pergunta o que se passa. Eduardo também está agitado com a situação. No entanto, Marta, ao ver o olhar feliz que Luísa tem quando faz os seus votos, desaparece quase tão rápido como entrou. Rodrigo percebe e respira fundo, aliviado.
Á saída da igreja, Gonçalo dá vivas aos noivos, enquanto os outros convidados lhes atiram arroz. Otília aproxima-se do filho e da nora com Eduardo e, depois de lhes desejar felicidades, é bastante assertiva para Luísa, desejando que lhe dê rapidamente os netos que sempre desejaram ter. Luísa apenas responde que para já existem outras prioridades mas que a maternidade está nos seus planos. Eduardo dá os parabéns ao filho e deseja que assuma agora as suas responsabilidades na empresa, sem distracções. Rodrigo reage com submissão e fica aterrorizado quando vê Marta aproximar-se. Por momentos pensa que ela vai deitar tudo a perder, mas Marta alivia-lhe a tensão e garante que não quer estragar o dia a Luísa, que não tem culpa do que ela fez. Quando Luísa, já meio desconfiada, se aproxima deles, Marta deseja-lhes felicidades e afasta-se.
Passados nove anos, Marta trabalha no mesmo supermercado de Bela e repõe o stock de ovos nas prateleiras. Beatriz abraça a mãe, impaciente para ir para casa.