A crise política é grave, a remodelação governamental é uma inevitabilidade, o fim aproxima-se. Para todos, parece só haver uma coisa a fazer: rezar a todos os santinhos para que Augusto Aguiar não perca o emprego. Rocha prefere voltar-se para uma velha conselheira, a sua fiel almofada. É numa conversa com a acolchoada confidente que se lembra de recorrer aos seus velhos contactos e arranjar uma grande entrevista com Augusto Aguiar, na televisão. E quem melhor para branquear a imagem de um ministro em queda do que a poderosa jornalista Branca das Neves?
Valendo-se de alguns favores que lhe fez nos seus tempos de ministro, Rocha consegue encontrar-se com Branca das Neves, que aceita entrevistar Augusto Aguiar e até lhe passa uma pasta com todas as perguntas que lhe vai fazer. O pior é que o encontro tem lugar num bar e Rocha não tem pedalada para acompanhar a sede alcoólica de Branca. Quando acorda, na manhã seguinte, Rocha tem o estômago às voltas, tem uma valente dor de cabeça, tem Lola à perna... mas não tem a lista com as perguntas.
Rocha está envergonhado, não tem nada para o Augusto Aguiar estudar. Não sem dizer das boas a Rocha, Lola decide escrever ela própria as perguntas e ajudar o filho na entrevista.
À hora da entrevista, o ministro aparece todo aperaltado, pronto para salvar o seu nome (e emprego), mas quando Branca das Neves começa a fazer-lhe perguntas, não tem respostas para lhe dar. Será que Augusto Aguiar consegue dar a volta ao problema e sair na mó de cima? Ou será que vai tudo para o desemprego e acabar a vender rissóis e pastelada?