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Síntese Histórica do Cinema Português

Da Invicta ao Sonoro - (1915 -1930)

Géneros

  • Documentários - História

Informação Adicional

Da Invicta ao Sonoro - (1915 -1930)

Episódio 2 de 6

Primeira experiência industrial de cinema do nosso país, fundada no Porto por Alfredo Nunes de Matos e Henrique Alegria, a Invicta Film começou uma actividade de produção contínua em 1918. Sob o lema "Romance Português - Filme Português - Cenas Portuguesas - Artistas Portugueses", sucederam-se adaptações de grande obras literárias , como A Rosa do Adro, Os Fidalgos da Casa Mourisca, Amor de Perdição ou o Primo Basílio, mesmo se os realizadores eram quase todos estrangeiros, como o francês Georges Pallu ou o italiano Rino Lupo. Mas, apesar da presença de Palmira Bastos, em O Destino, ou da chamada da vedeta francesa Francine Mussey, para fazer Cláudia e Lucros¿Ilícitos, a Invicta iria terminar a sua actividade em 1923.
Ao mesmo tempo que na vida política e social se sucediam as convulsões, da presença na I Grande Guerra e do assassinato de Sidónio Pais à tomada do poder por Gomes da Costa e posterior ascensão de Salazar, passando pelo momento de glória da travessia aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o cinema português ia vivendo de experiências parcelares, empresas sem futuro, autores de obra escassa e inconsequente. Nesse período, destacam-se filmes como Os Lobos, de Rino Lupo, feito para a Ibéria Film, e O Taxi 9297, de Reinaldo Ferreira, para a Repórter X Film.
Enquanto o sonoro começava a chegar até nós, com filmes falados em outras línguas, o cinema mudo português atingia a maturidade estética. Leitão de Barros regressava, depois de primeiras experiências em 1918, de que se destaca Mal de Espanha, e uma nova geração de cineastas começa a surgir. De Leitão de Barros, assinala-se Maria do Mar e Lisboa, Crónica Anedótica, enquanto Jorge Brum do Canto experimentava o cinema, com A Dança dos Paroxismos, e Manoel de Oliveira surgia como actor em Fátima Milagrosa.
O sonoro chega por fim ao cinema português. Ainda pela mão de Leitão de Barros, contava-se a história de A Severa. Morria um certo modo de espectáculo. Mas a esperança renascia, com o cinema falado e cantado em português.

Integrado no projecto "História do Cinema Português" de Pedro Éfe.
Intérpretes : Rui de Carvalho, Anabela Brígida , Pedro Éfe, Pedro Madeira.
Locução: Rui de Carvalho.
Autor e Coordenadores do projecto História do Cinema Português : Pedro Éfe, José de Matos Cruz e António Macedo.
Argumento / Realização : Jorge Queiroga


Ficha Técnica

Título Original
Síntese Histórica do Cinema Português
Produção
Acetato Produção de Filmes
Autoria
Pedro Éfe, José de Matos Cruz e António Macedo
Ano
1997