Estamos em 1925. Florbela abandona a casa onde vivia com o segundo marido e instala-se na vida do terceiro - Mário Lage. É um período difícil. A família dela - pai e irmão - não viram com bons olhos o segundo divórcio e cortam relações com ela. Entretanto, a vida em Matosinhos é calma, demasiado calma para uma mulher com sede de viver e uma carta de Apeles vem destabilizar tudo. O irmão mais novo de Florbela pede-lhe que o visite em Lisboa. Tem quatro dias de licença e podem assim fazer as pazes e retomar a proximidade que sempre tiveram. Florbela faz uma mala e parte, à procura do irmão, da vida, da adrenalina que deixou para traz quando casou com Mário. Em Lisboa, o reencontro é poderoso e Florbela está disposta a esquecer, por alguns dias, a sua vida no Norte do país. Mas a visita intempestiva de Mário perturba-a e este triângulo de vontades só pode correr mal. E corre ainda pior quando Florbela percebe que o irmão nunca irá desistir da carreira de piloto-aviador que ela tanto teme e que, o seu instinto feminino não para assombrar.