Publicado em 1842, e se crermos nos testemunhos escritos de Camilo, o livro foi escrito nos ?catorze dias mais tormentosos? da sua vida. Preso na Cadeia a Relação do Porto por ter ?copulado com mulher alheia?, a sua Ana Plácido, o autor buscou na sua genealogia a inspiração para esta versão portuguesa de ?Romeu e Julieta?. O seu tio Simão havia conhecido os calabouços daquela prisão e também ?amou, perdeu-se e morreu amando?.
Num leque de personagens-tipo do Romantismo, Camilo desenhou um drama intemporal, com morte, devaneios, belíssimas cartas que extravasam os sentimentos do jovem casal apaixonado e duas famílias rivais que não toleram o romance. Com o auxílio de João da Cruz, de sua filha Mariana e de outras figuras de destaque, a intriga, a desgraça e o amor negado percorrem as páginas desta obra. No fim, só a morte permite que eles se encontrem, finalmente, juntos.