Sabia que o maior festival de cinema africano do mundo é no Burkina Faso? E que, hoje, há mais produção de cinema em Moçambique que na rica Angola? Na véspera do África Festival, em Lisboa, o cinema africano é o ponto de partida para uma conversa com o escritor moçambicano Mia Couto e com Luís Correia, o produtor de cinema recentemente distinguido pela selecção de Cannes. Uma conversa sobre as condições de produção artística em África e sobre a receptividade dos produtos culturais aficanos no mercado global. Uma conversa sobre as armadilhas do exotismo e sobre ajudas internacionais, culpa e memória. Um Câmara Clara que lhe traz ainda Roger Corman, o rei da série B, O Avarento de Molière reinventado por José Maria Vieira Mendes e a ópera-tango que promete: Maria de Buenos Aires no Teatro Nacional de São Carlos.