Parece que foi ontem que Portugal andava a brincar aos reis e às rainhas e a verdade é que já faz hoje 96 anos que passámos oficialmente a ser uma República. E não nos transformámos numa República das bananas porque o único solo nacional onde tal fruto se dá bem é na Madeira, onde como todos sabem o que impera é uma grande jardarquia.
Os primeiros anos do período republicano português foram aquilo que se poderia chamar de total barafunda, tanto assim é que nem hoje os professores de história percebem patavina dessa época e limitam-se a ensinar à populaça estudantil a rota portuguesa do comércio de escravos, perdão: dos descobrimentos.
Saltando por cima daquele período em que o Estado Novo morreu de velho, com o 25 de Abril Portugal estabilizou em matéria de presidencialismo. Mas é aqui que os monárquicos põem o dedo na ferida: argumentam que ao contrário do chefe de estado real que emana da nação, a eleição do presidente depende de partidos e de grupos de interesse que financiam as campanhas.
Fará hoje sentido falar no regresso da Monarquia? A questão que interessa saber é: o saudosismo monárquico da causa real servirá apenas para que alguma malta aristocrata - sim: falida mas aristocrata! - passeie na parte de trás do carro o autocolante com o símbolo monárquico? Não seria mais interessante terem um autocolante a dizer ?cuidado Bebé a bordo!??
Vamos por partes lançando a questão:
- Se Portugal fosse uma monarquia teria mais vezes a visita das princesas suecas?
Convidados:
João Braga (Fadista)
João Soares (Ex-Presidente da Câmara Municipal de Lx, Deputado do PS)
Júlia Ferreira (Professora)