Chamam-lhe kuduro progressivo.
O baptismo fez-se pela mão dos Buraka Som Sistema, projecto que une produtores musicais portugueses e angolanos. Juntos desde 2006, exploraram o kuduro, ritmo angolano pouco valorizado, mas muito dançado pelos jovens dos subúrbios de Lisboa.
2007 foi o ano da expansão nacional e internacional dos Buraka Som Sistema, com participações nos mais importantes festivais do mundo. Potenciados pela Internet e pelas actuações ao vivo, a ascensão foi tão fulgurante como a batida tribal do kuduro.
Esta semana, ?Em reportagem? acompanha a vida dos Buraka Som Sistema: os bastidores dos espectáculos, as viagens, o trabalho de estúdio.
Mas vai mais longe. Mostra a ?fonte de inspiração?, os locais onde o kuduro se expressa: nas festas caseiras, nas associações de bairro da periferia lisboeta, nas escolas de dança ou até... nos ginásios.
Uma visita ao mundo das danças africanas e à mistura cultural da grande Lisboa.
Retrato contemporâneo que contrasta com o estereótipo português do fado e da melancolia. Porque para milhares de pessoas fazer a festa é um imperativo? e celebrar a liberdade da dança uma saborosa descoberta.
?Como os Buraka recriam o kuduro? é uma reportagem de Ana Luísa Rodrigues, com imagem de Hugo Melo e edição de Clara Cruz.