Em Fevereiro de 1917, os primeiros homens do Corpo Expedicionário Portugês (CEP) embarcam em Lisboa com destino à Flandres Francesa. Juntamente com franceses e ingleses vão lutar na que seria conhecida como a Primeira Guerra Mundial e que então se arrastava, sem solução à vista, desde 1914.
O cenário era de horror. Os portugueses, rurais e analfabetos na sua maioria, não estavam preparados para aquele tipo de guerra. As forças humanas e tecnológicas envolvidas e necessárias para o conflito, eram muito superiores à capacidade do País, que sofria internamente uma forte convulsão política e social.
Na madrugada de 9 de Abril de 1918, após meses na Frente Ocidental e sem o apoio logístico necessário, o CEP é surpreendido pela Ofensiva da Primavera.
Do lado português estavam cerca de 20.000 homens e do lado alemão 100.000 soldados preparados para varrer do mapa o setor português.
As baixas portuguesas foram muitas, cerca de 300 oficiais e 7.000 praças, entre mortos, feridos e prisioneiros. Em poucas horas, o sector português foi ocupado mas, "os bravos soldados portugueses", como lhes chamou posteriormente Douglas Haig, combateram com bravura na 1ª Linha, retardando a ofensiva e permitindo uma reorganização do 1º Exército Britânico.