A partir de 1880 com o fim escravatura e o início da Republica no Brasil inicia-se um novo ciclo na emigração portuguesa. A perturbação politica no Brasil fez cair as remessas de emigrantes o que contribuiu para agravar a crise económica em Portugal. Entre os portugueses cresce o desejo de emigrar.
No Brasil o Governo incentiva a emigração espontânea, pagando viagens e oferecendo contratos. O café está em franco desenvolvimento.
Nos mares reina agora o barco a vapor. As viagens que demoravam 40 dias nos veleiros passam a demorar apenas 10, 12 dias nos transatlânticos.
Entre 1890 e 1920 um milhão de portugueses sai do Pais. Na época este número representava um quinto da população.
No Brasil dirigiam-se para as fazendas de café mas também para as cidades. No limite desenrascavam-se com negócios de rua para sobreviver. Tornaram-se alvo das anedotas dos brasileiros.
Na Amazónia surgiram as fortunas da borracha.
A crise económica americana afectou também as exportações brasileiras de café. A emigração portuguesa para o Brasil entra numa fase de declínio. Por volta de 1955, quando começa o salto dos emigrantes em direcção à França praticamente ninguém emigra para o Brasil. O sonho dos portugueses numa vida melhor passou a estar do outro lado da fronteira terrestre.
Um trabalho realizado pelo jornalista Jacinto Godinho.