A expulsão da Nova Arcádia não belisca a relação de Bocage com os irmãos Bersane. Bocage continua a frequentar a sua casa e as camas das duas filhas de António, Vicência e Perpétua. Bocage interessa-se particularmente por Vicência a quem dedica versos. Bocage sabe que, Bersane nunca lhe dará a mão da filha. Bocage tem ciúmes doentios dela que tenta apaziguar metendo-se na sua cama, e na cama da irmã, sempre que pode e ameaçando de pancada os jovens mancebos que a cortejam.
Numa noite chega a sair furioso de uma festa de Bersane, e sem pensar duas vezes salta para um barco em que parte com pescadores para o Tejo. Bocage passa a noite com eles a gabar-se das suas aventuras de alcova e elabora versos despeitados e ordinários sobre as mulheres com quem se cruzou, incluindo Vicência. Ao desembarcar, já de dia, encontra por acaso a mais inacessível, para ele, de todas as mulheres: a Marquesa d?Alorna que vem receber alguns convidados de um barco acabado de chegar de França. A Marquesa reconhece-o e convida-o a acompanhá-la e apresenta-lhe o embaixador Derbault.
Bocage, numa época em que saber francês já era suspeito, começara a trabalhar na tradução de ?Eufemia? de monsieur D?Arnaud, para ganhar dinheiro depois da sua saída na Nova Arcádia. Ao mesmo tempo, as Coroas de Portugal e Espanha assinaram um tratado de auxílio mútuo contra a França, e o Intendente Pina Manique recusou a entrada do embaixador Derbault alegando irregularidades nas suas credenciais.
É este clima agitado que o capitão Vicente Lunardi encontra quando chega a Lisboa. O aeronauta italiano instala-se no Terreiro do Paço e começa a construir um balão gigantesco, com o qual promete elevar-se nos ares.