A Revolta dos Pastéis de Nata

A aparência de "doutor" é importante?

Episódio 1 de 13 Duração: 60 min

Convidado:
João Almeida
Está a terminar o curso de Direito, na Univ. Católica. Inscreveu-se na então Juventude Centrista em 1993, teve vários cargos a nível local e na Comissão Política. Em 1999, foi eleito Presidente da Juventude Popular.
Em 2002, foi eleito deputado, e agora novamente. É um dos mais jovens deputados da Assembleia, e o mais jovem do seu grupo político. Entretanto, foi candidato à Câmara de Oeiras.

Opinião sobre o tema:
Não se assume como um adepto da formalidade, mesmo: "há outros que dizem que são informais, e na verdade não são. Por outro lado, não gosta de contrariar certos formalismos desnecessariamente. Usa fato e gravata quando tem que usar, nos dias de plenário sempre. "Porque estamos a representar as pessoas que nos elegeram". Nos dias em que não há plenário, não usa - esta parte "não se vê na televisão".
Adaptou-se aos meandros formais da política "como se adapta a qualquer outra área", e a reacção às situações "depende do estado de espírito".
É tratado por "Dr." muitas vezes, corrige e diz que não é (ainda). Observação: quando lhe liguei e o tratei por Dr. João Almeida, não me corrigiu?
Um aspecto curioso, em que difere da outra convidada:
Tem convivido sempre com os jovens (na política, também jogou futebol e foi dirigente da claque do Belenenses) e acha que a juventude não tem nada a tendência para deixar de lado os formalismos: "os que podem, muitos gostam de ser tratados por Dr. Não estou a ver as novas gerações ainda a vencerem essa atitude." "Muitas pessoas jovens têm o cartão multibanco com o Dr."

Esta área (futebol) era mais informal, mas "podendo, foge-lhes logo o pé para o Dr".

A origem desta mentalidade tem a ver com a nossa "evolução histórica", viemos do "Estado Novo, que era o grande baluarte do formalismo.
Há um exemplo de formalidade que considera "absurdo, que consome tempo: as chamadas de call center, em que os funcionários são muitíssimo formais, perguntam como estamos, etc.
No grupo parlamentar, trata toda a gente por tu. No resto, "é natural que a diferença de idade" influencie a forma como as pessoas se tratam.