CAUSAS COMUNS

Mulheres na Ciência

Episódio 116 de 0 Duração: 60m min

Apresentadores: Isabel Oliveira e Mário Carneiro

Convidados:
Conceição Peloteiro - Fundação para a Ciência e Tecnologia
Maria Mota - Investigadora, especialista em parasitologia
Maria de Sousa - Investigadora, especialista em imunologia
Margarida Gama Carvalho - Investigadora, especialista em biologia celular

Na maioria dos países europeus, o número de mulheres graduadas é proporcionalmente superior ao dos homens. Contudo, o mercado de trabalho científico continua a ser dominado pelos homens. As profissionais do sector enfrentam obstáculos no seu trabalho científico simplesmente porque são mulheres e por isso estão sub-representadas nas ciências e nos órgãos de decisão relacionados com questões científicas. Esta avaliação consta de um relatório divulgado pela comissão europeia em finais da década de 90 e que desde então tem sofrido diversas actualizações. Até ao momento, as alterações introduzidas são de ordem estatística e ainda não inverteram as tendências então enunciadas. Tendências que ainda segundo a comissão europeia são comuns a todos os estados-membros. Em Portugal, a entrada de mulheres no mundo científico tem sido evidente, mas a ocupação de lugares de topo tanto na carreira docente universitária, como na área de investigação, é feita maioritariamente por homens.
Em todo o caso, o nosso mercado científico, por só ter ganho alguma dimensão na última década, não parece constituir um dos exemplos mais gritantes de discriminação pelo género. Em certas áreas, como é o caso das ciências bio-médicas, as mulheres já começam a ter o protagonismo que merecem.