Apresentadores: Isabel Oliveira e Mário Carneiro
Convidados:
Isabel Cândido da Silva - Santa Casa da Misericórdia
Fátima Carioca - Centro de Orientação Familiar
Helena Serdoura - Housekeeping
Teresa Zambujo - Presidente da Câmara Municipal de Oeiras
Menos filhos e maternidade tardia, vão sendo as opções possíveis para as mulheres que querem fazer uma carreira a nível profissional, ou simplesmente assegurar um posto de trabalho... A falta de infraestruturas sociais que assegurem uma boa conciliação entre trabalho e família é apontada pelos mais recentes estudos como uma das principais condicionantes da quebra da natalidade. Mas se o número de crianças diminuiu, a população idosa está a aumentar. De acordo com os últimos censos do Instituto Nacional de Estatística, 65% das nossas famílias têm, em média, mais de 65 anos. Muitos destes idosos ficam em situação de dependência por longos anos, colocando às respectivas famílias os problemas de conciliação que procuraram resolver, durante o período fértil, através da redução do número de filhos: ou seja: a questão surge a essas famílias com outro rosto - um rosto mais envelhecido.
É pois, difícil evitar as tensões e os conflitos de interesses que resultam da acumulação dos compromissos profissionais com as responsabilidades familiares porque mais cedo ou mais tarde estas situações acabam por surgir no ciclo de vida familiar. E então a solução encontrada é muitas vezes a institucionalização para os idosos e doentes e o infantário para os bebés.
Mas a verdade é que existem alternativas como os serviços de apoio domiciliário. Uma abordagem mais humana mas, que por falta de oferta adequada não se encontra ao alcance da maioria dos portugueses.