Foi chefe absoluto de um dos maiores estados jamais existentes na África Austral e mesmo em toda a chamada áfrica Negra até finais do século XIX - o Estado de Gaza.
Derrotado pelas forças expedicionárias portuguesas e preso por Mouzinho de Albuquerque, em 1895, morre exilado, humilhado e esquecido nos Açores, em 1906.
Vítima duma perspetiva muito eurocêntrica da História, Gungunhana deixou uma memória difusa.
Quem era na realidade este rei africano que Portugal tudo fez para destruir? Um estadista cuja astúcia não chegou para vencer os desígnios coloniais europeus? Um déspota sanguinário vencido pelo álcool e traído por aliados e familiares?
Hoje como há cem anos, Gungunhana é uma figura controversa, contraditória e trágica.