A Declaração Conjunta
No regresso de Deng Xiaoping ao centro do poder na China, os dirigentes chineses definem como grande desígnio a reunificação nacional. No seu pensamento estavam as situações de Taiwan, Hong Kong e Macau. O princípio "um país, dois sistemas" surgia como a fórmula capaz de assegurar a manutenção do modo de vida desses territórios. Em 1983, a China e a Grã-Bretanha iniciam negociações já com vista à resolução da questão de Hong Kong, o que se verifica em Dezembro de 1984. Todavia nada é dito sobre o que poderia acontecer com Macau, ainda que do lado português houvesse as maiores desconfianças de que, mais tarde ou mais cedo, Lisboa seria confrontada com o mesmo cenário. Assim, a visita à China, em Maio de 1985, do Presidente da República, General Ramalho Eanes seria aproveitada pelos chineses para manifestar o desejo de encontrar igualmente uma solução para a questão de Macau. Mostrada disponibilidade para o efeito, a primeira sessão das negociações luso-chinesas realiza-se em Pequim, em, 30 de Junho de 1986. Em 13 de Abril de 1987, os primeiros-ministros de Portugal e da República Popular da China assinavam a declaração Conjunta Luso-Chinesa sobre a Questão de Macau.