Pressionado por Jorge, José Eduardo prepara-se para revelar toda a sua história passada em África bem como os motivos que o levaram a embarcar. Começa por relembrar o jantar de despedida, organizado pelos pais de Marta.
Aconteceu em 1969. As famílias assistem às notícias dos embarques, na televisão. Henrique, pai de Jorge humilha Norberto, pai de José Eduardo. Discutem. Mário, já nesse jantar entra em conflito com Henrique. No jantar organizado por Jorge, Mário acusa o pai, Henrique, de fascismo. Jorge reage mal, insiste em pressionar José Eduardo para que continue o relato da sua versão da história.
O Professor continua a relembrar o passado. Emocionado, confessa não ter tido mãe. O papel maternal, na vida de José Eduardo foi ocupado por duas mulheres. Uma delas, Luciana, presente no jantar. A outra, é Fátima que mantém uma relação próxima com José Eduardo.
Exaltado pelas emoções que as memórias do passado acalentam, José Eduardo declara ter sido traído. O seu plano de fuga para França tinha sido gorado por alguém que o denunciara à polícia política. E os traidores só poderiam ter sido os amigos íntimos. Os únicos a quem revelou o seu plano. Carlos, Jorge ou Mário. Um dos três é o traidor.
Jorge acusa o toque e riposta, acusando José Eduardo. O mentiroso e o dissidente. Não o vai deixar sair de casa sem que ele revele de facto o nome do traidor. Mas José Eduardo não sabe.
Jorge, vai buscar um revólver e aponta-o a José Eduardo. O Professor vira-lhe as costas e prepara-se para sair, uma vez que considera que Jorge está demasiado embriagado para que se possa conversar tranquilamente. Jorge, fora de si, dispara um tiro para o ar.
Mário atira-se a Jorge e é Carlos e Hermínio que conseguem suster a contenda. Jorge entrega a pistola a Mário pede que seja ele, também acusado de traição a fazer justiça. Mário fica sem saber o que fazer até que Patrícia retira a pistola das mãos de Mário para a pousar sobre o aparador da sala.