RioLisboa "Cantam Revolução", neste novo trabalho, "CANTAM REVOLUÇÃO", RioLisboa teve como ponto de partida a temática da Liberdade. Ana Sofia Carvalheda conversa com Bruno Fonseca e Luanda Cozetti
MAIS INFORioLisboa "Cantam Revolução" Neste novo trabalho, "CANTAM REVOLUÇÃO", RioLisboa teve como ponto de partida a temática da Liberdade. No contexto da Revolução de Abril, e da celebração dos 50 anos sobre o seu acontecimento, Bruno Fonseca, mentor do grupo, encontrou o pretexto para dar início a este novo trabalho. A sua afinidade a esta temática seria igualmente partilhada pelos outros membros, que abraçaram a ideia de imediato. Os RioLisboa convidaram para este novo trabalho discográfico as vozes de Cassandra Cunha, uma jovem fadista, que trouxe frescura e leveza à sonoridade do grupo, e a conceituada cantora Luanda Cozetti - que já tinha participado no disco anterior, “Moça Morena”-, confirmando a influência da bossa nova e do samba na estética do grupo. O facto de ser filha do carismático Alípio de Freitas é uma confirmação da homenagem do grupo no contexto da comemoração da Liberdade. É importante referir uma mudança na sonoridade do grupo ao incluir o piano acústico, criando referências distintas dos trabalhos anteriores, onde a guitarra portuguesa assumia um papel de protagonismo no seu diálogo com as vozes convidadas. A par da comemoração do 25 de Abril, o grupo sentiu a necessidade de explorar a inquietude germinada numa nova geração - filhos de Abril. "CANTAM REVOLUÇÃO" é na realidade um grito perante os acontecimentos no mundo. Num período da história em que faz tanto sentido olhar para o lado humanista da sociedade, podemos abraçar os nossos irmãos que falam a nossa língua e acompanham de braços dados os valores da Revolução. Zeca e Ary deste lado do oceano, e Chico e Caetano do outro, expressaram como “Tanto Mar” de emoções nos unem. O amor possibilita a proximidade de ideais e transformação pessoal, devendo ser reconhecido como o valor mais essencial da humanidade.