Compositores censurados, maestros demitidos, colegas de orquestra que se recusam a tocar juntos... desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a cultura do cancelamento bateu à porta das salas de concerto.
MAIS INFOCompositores censurados, maestros demitidos, colegas de orquestra que se recusam a tocar juntos... desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a cultura do cancelamento bateu à porta das salas de concerto. Ao mesmo tempo, a música clássica reagiu sem demora à guerra: orquestras como a Filarmónica de Londres tocaram o hino da Ucrânia e incluíram nos programas peças de compositores do país invadido pelas tropas russas.
Em Portugal, é na Madeira que se encontram muitos músicos dos países do antigo bloco de leste. Chegaram à região depois da queda da União Soviética, nos anos 90 do século passado, para trabalhar na Orquestra Clássica e para dar aulas no Conservatório.
Entre a solidariedade e o tabu, a guerra é vivida diariamente e a distância não torna a realidade mais fácil. "Cancelamento e outros silêncios" é uma reportagem de Isabel Meira.