Pingue Pongue

Uma canção de sempre e uma canção de outono. Uma que diz Corazón, outra que diz Braçanã. Uma estrada, um táxi, um trilho de lágrimas, um brilho de purpurina a picotar uma tenda escura. Tudo no dia em que a música calou.

Na Antena 3, ao domingo, entre as 22h e as 23h. Um programa de rádio a dois. Uma mulher e um homem, uma voz feminina e outra masculina. Uma conversa à mesa, com várias coisas sobre a mesa: livros, canções, sons achados na rua ou na internet. Uma espécie de pingue-pongue, mas, em vez da bolinha amarela, há um microfone. As conversas entre a Matilde e o Tomás são antigas. Há muitos anos que falam de pintura e literatura, de música, da maneira como a luz incide sobre o morro Dois Irmãos no Rio de Janeiro, do barulho do rio ali no Cais das Colunas em manhãs de maré baixa. Entre os dois, há sempre a novidade, mesmo que a novidade seja antiga.