O Assassinato do Primeiro-Ministro

1970. Em plena Guerra Fria, Nixon viaja até Espanha para avaliar a situação de um importante país estratégico governado por uma ditadura em declínio. Diante da deterioração da saúde de Caudilho, Nixon decide tomar partido e controlar a situação política na Espanha. Carrero é, sem dúvida, um obstáculo para os seus objetivos. Três anos depois e vinte e quatro horas antes do atentado que acabaria com a vida do Presidente do Governo, Kissinger reúne-se com Carrero em Madrid para discutir três questões-chave de seu interesse. A reunião é um fracasso e a paciência de Kissinger esgota-se.
Enquanto isso, os terroristas finalizam o ataque mortal na rua Claudio Coello, a apenas cem metros da Embaixada dos Estados Unidos. Após o assassinato, e com o passar das horas, tudo indica que a conspiração pode ser maior do que alguém poderia imaginar, suspeitas defendidas pela própria família de Carrero e baseadas na não ativação do dispositivo policial. Mas este é ativado após um ataque conhecido como "Operação Jaula", a recusa do Embaixador Espanhol em França em prender os membros da ETA e o roubo que ocorreu no cofre do escritório de Carrero no dia seguinte à sua morte.

Série documental de 3 episódios sobre o magnicídio de Carrero Blanco, um marco na história recente de Espanha Na manhã de 20 de dezembro de 1973, um ataque da organização terrorista ETA pôs fim à vida do Almirante Luis Carrero Blanco, então Presidente do Governo de Espanha (primeiro-ministro) e um dos mais próximos colaboradores do ditador Francisco Franco. No atentado perderam também a vida o motorista (José Luis Pérez Mogena) e o guarda-costas de Carrero Blanco (Juan Antonio Bueno). O assassinato teve consequências decisivas para o rumo do regime e para os acontecimentos que se seguiram, e que marcaram a transição democrática.

No entanto, o caso tem sido fonte de todo o tipo de especulações, geradas por erros inexplicáveis na investigação, falhas das forças de segurança do Estado, desaparecimento e manipulação de documentos e até dúvidas sobre a autoria exclusiva da ETA. Surgiram todo o tipo de teorias, como a possibilidade de uma conspiração dentro do próprio regime ou suspeitas que apontavam para a CIA e os interesses dos Estados Unidos quanto ao futuro de Espanha.
Pela primeira vez, foi autorizado o acesso total ao conteúdo do processo do assassinato de Carrero Blanco. Através de testemunhos de pessoas próximas, ex-membros do CESID (antigo serviço de informações espanhol), jornalistas, familiares, técnicos e especialistas, além de material de arquivo inédito e recriações dramatizadas, a série disseca em três episódios a versão oficial, cheia de erros e mistérios, e diferentes teorias sobre os acontecimentos.