Programa anunciado, debate instalado. Luís Montenegro quer mesmo avançar com um choque fiscal para aumentar o poder de compra da classe média e favorecer o investimento. O ruído político foi imediato, com a restante direita a reclamar mais ambição e a esquerda a denunciar que se trata de regressão.
PSD e PS alternam momentos de aproximação com acusações e palavras como "arrogância", de um lado, e "hipocrisia", do outro.
No meio disto, o programa de governo foi viabilizado, o que abre caminho a descidas de impostos significativas, tanto no IRS como no IRC.
Feitas as contas, quanto custa ao Estado essa opção? E como será compatibilizada com um crescimento da despesa, para responder a professores, médicos e forças de segurança? O excedente basta e é possível que se repita nos próximos anos?