Rodeado a norte, a leste e sul pela República Democrática do Congo está escondido o enclave de Cabinda, 18ª província de Angola, que trava uma luta antiga pela sua independência.
Cabinda sempre foi a mais disputada de todas as províncias, devido ao petróleo dali extraído, que representa 70% do crude exportado por Angola e corresponde a mais de 80% das exportações angolanas colocando-a como o segundo maior produtor de petróleo da África, perdendo apenas para a Nigéria
No passado mês de Abril a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e as Forças Armadas Cabindesas (FAC) fizeram um ultimato de 30 dias ao Governo angolano para retirarem as suas tropas de Cabinda senão iriam intensificar as ações militares.
A Frente de Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) informaram na passada terça-feira (14.05) que 12 militares angolanos morreram e quatro ficaram gravemente feridos em confrontos com as suas forças armadas, prometendo intensificar os ataques.
O movimento independentista do enclave angolano de Cabinda denunciou em comunicado a realização de uma operação conjunta das forças armadas de Angola e da República Democrática do Congo (RDCongo) para combater os seus guerrilheiros.
No documento, assinado pelo tenente-general João Cruz Mavinga Lúcife, chefe da direção das Forças Especiais das FAC, garante que o lado angolano "é o único responsável pelo agravamento do conflito" naquela região.
Queremos saber o que se está a passar realmente.
"Angola: situação militar e sociopolítica em Cabinda" é o tema do Tem a Palavra, desta semana.