Passam 30 anos sobre a declaração do Rio. O dia em que o mundo deu mãos para um futuro mais sustentável. Sete anos também passam sobre o dia que, em Paris, as nações do mundo alcançaram o acordo histórico, glorioso, onde toda a humanidade se comprometia com a neutralidade carbónica em 2050 e com o limitar de temperatura no final deste século a um grau e meio a 2 graus celsius. Para isso seriam constituídos planos para reduzir as emissões dos gases com efeito de estufa. Planos, esses, que iriam ser atualizados de 5 em 5 anos com metas cada vez mais ambiciosas. E com promessas... promessas de solidariedade para com os mais vulneráveis. Para além de terem que reduzir também emissões teriam já que se adaptar a um tempo que já era de alterações climáticas. Mas, neste ano de 2022, onde o mundo chega aos 8 mil milhões de pessoas, o mesmo mundo que continua a depender em 80% dos fósseis para toda a energia que precisa, e no ano em que vimos centenas de estações meteorológicas bater recordes de temperatura, com novos recordes também nas emissões, e com uma concentração de gases com efeito de estufa quase a chegar a umas incríveis 420 partes por milhão, é hora de perguntar o que acontece depois das COP? E para conversar sobre este tema temos connosco 3 convidados que dispensam apresentações: Suely Araújo (Ambientalista/Brasil), Filipe Duarte Santos (Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável) e Sérgio Besserman (Professor Universitário).