A nova direção da Federação Portuguesa do Ténis de Mesa (FPTM), liderada por Fernando Malheiro, foi empossada olhando para o futuro em que pretende conquistar uma medalha olímpica e criar centros de treinos regionais.
“Queremos que esta cerimónia se transforme numa espécie de metáfora, aproveitando valores os valores do olimpismo que queremos no ténis de mesa português. Desde logo a 'amizade', a 'solidariedade', o 'fair play' mas vamos combinar isso com a ambição de bons resultados internacionais”, começou por dizer.
Com um discurso ambicioso e com um projeto em crescendo, Fernando Malheiro enalteceu o percurso já feito pelo ténis de mesa em Portugal, nomeadamente com a criação do Centro de Alto Rendimento, em Vila Nova de Gaia, lançando a rede para o que pretende a curto prazo.
Criação de centros regionais
“A deteção de talentos terá de ser feita a montante do centro de alto rendimento e das seleções nacionais, por isso vamos organizar centros de treino regionais. Lutaremos por um método similar ao ensino articulado porque os nossos jovens do alto rendimento debatem-se com horários escolares e carga horária incompatíveis com as necessidades temporais do treino. Queremos ser parceiros das escolas e das autarquias do nosso processo de desenvolvimento que desenhámos”, prometeu.
Depois de ter deixado assegurado de que iria assumir a presidência a tempo inteiro, Fernando Malheiro colocou a "cereja no topo do bolo".
“Queremos estar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles2028 com duas equipas e com a ambição de conquistar uma medalha olímpica”, afirmou, fazendo a ponte entre o trabalho feito pelos mesatenistas lusos e o de Cristiano Ronaldo no futebol.
“Se aquele a quem chamam de 'melhor do mundo' é um exemplo de longevidade e desempenho ao mais alto nível, também nós temos nas nossas seleções vários exemplos que incorporam o espírito de 'melhor do mundo'. Só não são uma inspiração para os portugueses, porque a sociedade portuguesa não se libertou da monocultura desportiva e não é capaz de promover os seus melhores, sejam que que área for. E aqui no ténis de mesa também os há”, concluiu.